🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Julho de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que vídeo de fogueiras para proteger vinhedo do frio tenha sido gravado no RS

Por Priscila Pacheco

28 de julho de 2021, 16h47

Publicações nas redes sociais (veja aqui) enganam ao alegar que teria sido gravado no Rio Grande do Sul nesta semana um vídeo que mostra pequenas fogueiras acesas para proteger vinhedos de geadas. Na realidade, a filmagem foi feita em abril deste ano em uma plantação de uvas em Chablis, na França.

A falsa atribuição do vídeo rendeu a postagens no Facebook ao menos 295,9 mil compartilhamentos no Facebook até a tarde desta quarta-feira (28). O conteúdo enganoso foi marcado como FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).


Para não congelar as uvas 🍇 RS 👏👏👏 é trabalho meu povo !!!🇧🇷🇧🇷

Um vídeo que mostra um vinhedo repleto de pequenas fogueiras, uma técnica agrícola para impedir que o frio destrua as uvas, circula nas redes sociais como se fosse atual e filmado no Rio Grande do Sul. A gravação, entretanto, foi feita em abril, na França.

O registro foi publicado no Instagram pelo fotógrafo francês Titouan Rimbault no dia 6 de abril e faz parte de uma série de fotos e vídeos sobre a geada de primavera que assolava Chablis, região de vinícolas localizada na Borgonha.

Uma das fotografias de Rimbault chegou a ser compartilhada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no Facebook. Segundo a mídia local, vinicultores acenderam braseiros, velas e atearam fogo em feno para manter a temperatura do solo acima de -2ºC. Na época, a estimativa era de que o frio poderia destruir 75% da produção.

Apesar da onda de frio que chegou ao Brasil nesta quarta-feira (28) e da previsão de geada na região Sul, não foram encontrados registros de que agricultores brasileiros tenham feito procedimento similar aos franceses.

Referências:

1. Site Titouan Rimbault
2. Instagram Titouan Rimbault
3. Facebook Titouan Rimbault
4. Facebook Emmanuel Macron
5. RTL
6. INMET
7. G1


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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