É falso que comediante foi preso recentemente por ordem do STF

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Não é verdade que o comediante Rey Biannchi foi preso a mando do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (30), como afirmam publicações nas redes sociais (veja aqui). As postagens compartilham um vídeo que mostra uma operação de busca e apreensão na casa do humorista em maio de 2020, em meio às investigações do inquérito das fake news na corte. Não há registro de que Biannchi tenha sido preso na data do vídeo ou recentemente.

Postagens com a falsa alegação somavam ao menos 28 mil compartilhamentos no Facebook nesta segunda-feira (4).


Selo falso

Esse comediante foi preso ontem [30/6] a mando do STF!! O QUE ESTÁ FALTANDO PARA QUE TODO MUNDO ENTENDA O RISCO QUE TODOS, TODOS ESTAMOS CORRENDO?

Vídeo de busca e apreensão na casa de Biannchi circula como se fosse registro de sua prisão

Não é verdade que um vídeo que circula nas redes sociais mostra a prisão do humorista Rey Biannchi, em 30 de junho deste ano, a mando do STF. As imagens foram gravadas durante a operação da Polícia Federal de busca e apreensão na casa do humorista, em maio de 2020. As cenas foram postadas em um perfil de Biannchi no Twitter e divulgadas por sites como UOL e R7. O STF não determinou a prisão de Biannchi.

Na época, a PF cumpria um mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. O documento apontava que ele poderia ser um dos empresários responsáveis pelo financiamento da estrutura de disseminação de desinformação nas redes sociais. Em vídeo gravado durante a operação, Biannchi criticou o mandado, que considerou “ridículo”, e afirmou que iria “processar o STF”.

O humorista continua ativo nas redes sociais. Sua última postagem no Instagram, por exemplo, foi feita no último domingo (3), dias após a suposta prisão, e seu perfil no Twitter foi atualizado nesta segunda-feira (4). Em ambas as plataformas, Biannchi se apresenta como “pré-candidato a deputado estadual pelo Rio de Janeiro” nas eleições de 2022.

Em 2020, uma peça semelhante foi compartilhada por parlamentares como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na época, as alegações foram desmentidas pela AFP.



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