🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Abril de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que celular de Adélio Bispo não foi periciado pela polícia

Por Marco Faustino

20 de abril de 2021, 18h54

Postagens nas redes sociais enganam ao alegar que a polícia nunca periciou o celular de Adélio Bispo, que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2018 (veja aqui). A PF (Polícia Federal) analisou o conteúdo de quatro aparelhos do agressor, chips telefônicos, um cartão de memória e um laptop que foram apreendidos.

Esta alegação tem sido usada nos posts em comparação às mensagens apagadas que foram recuperadas dos celulares do vereador carioca Dr. Jairinho e de sua namorada, Monique Medeiros, presos por suspeita da morte do filho dela, Henry Borel. No Facebook, o conteúdo reunia ao menos 72.623 compartilhamentos nesta terça-feira (20) e foi marcado com o selo FALSO na ferramenta da rede social (veja como funciona).


Se a perícia conseguiu extrair as conversas apagadas da babá do Henry, porque até hoje não foi periciado o celular do Adélio

Circulam nas redes sociais postagens que alegam que nunca houve perícia do celular de Adélio Bispo de Oliveira, que desferiu uma facada no então candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) na campanha de 2018. Nos relatórios de dois inquéritos abertos pela PF (Polícia Federal) consta que quatro aparelhos telefônicos apreendidos com o agressor foram periciados.

Adélio foi preso em flagrante logo após o atentado no dia 6 de setembro de 2018 e teve a quebra de seu sigilo telefônico autorizada em seguida. A PF concluiu que ele agiu sozinho e por motivação política.

Os investigadores também tiveram acesso a mais de seis mil mensagens trocadas em aplicativos e cerca de mil e-mails, o que motivou a abertura de um segundo inquérito para obter mais detalhes dos quatro celulares, chips telefônicos, um cartão de memória e um computador portátil em posse de Adélio.

No total, foram periciados dois terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos e 700 gigabytes de volume de dados de mídia, além de 1200 fotos. Porém, novamente, não foi encontrada nenhuma evidência que confirmasse a participação de outras pessoas no ataque.

Esta peça de desinformação também foi checada pela AFP Checamos, Estadão Verifica, G1, e Lupa.

Referências:

1. G1 (Fontes 1 e 2)
2. Estadão (Fontes 1 e 2)
3. Poder 360


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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