🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Março de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeos em que Bolsonaro alega fraude eleitoral em 2018 têm 5,1 milhões de visualizações no YouTube

Por Amanda Ribeiro e Débora Ely

22 de março de 2022, 18h14

Vídeos nos quais o presidente Jair Bolsonaro (PL) levanta suspeitas sobre as eleições de 2018 reúnem ao menos 5,1 milhões de visualizações no YouTube, segundo levantamento do Aos Fatos. Nesta terça-feira (22), a plataforma anunciou que mudou sua política de desinformação e passará a remover conteúdos que contenham alegações falsas de que fraudes ou problemas técnicos mudaram os resultados da última eleição presidencial no Brasil ou de que as urnas eletrônicas foram hackeadas.

O Aos Fatos checa sistematicamente declarações do presidente desde que ele assumiu o cargo, em janeiro de 2019, e identificou esse tipo de alegação em nove vídeos desde então. Cinco deles estão no canal oficial de Bolsonaro e acumulam 1,8 milhão de visualizações. Os outros quatro somam 3,3 milhões e foram publicados por canais de imprensa simpáticos ao presidente, da TV Brasil e do Planalto.

Em sete vídeos, Bolsonaro disse que as urnas teriam completado os votos para Fernando Haddad (PT) quando o eleitor tentava votar nele, o que é falso. Nos demais, o presidente alegava reunir indícios de que teria vencido em 2018 já no primeiro turno, o que também não procede.

O YouTube informou que as novas diretrizes são retroativas, mas que os canais não sofrerão sanções, como restrições de uso e até suspensão da conta, caso os vídeos apagados tenham sido postados antes da atualização das regras. Até esta terça, as políticas de desinformação da plataforma sobre fraude eleitoral se limitavam aos pleitos presidenciais nos Estados Unidos e ao parlamento da Alemanha em 2021.

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