“Temos outra coisa também, um retrato em São Paulo, por ocasião das últimas eleições para a prefeitura de São Paulo. Com 0,39% das urnas apuradas, travou a apuração. E ali você tinha, então, o percentual de cada um do primeiro ao oitavo. Bom, quando destravou, já fomos para o finalmente, o 100%, permaneceu a mesma classificação e os mesmos resultados.”
Bolsonaro recorre a uma peça de desinformação que circulou nas redes durante o pleito municipal de 2020 para sugerir que teria havido fraude na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Segundo teoria apresentada por ele em live no dia 29 de julho, todos os oito candidatos teriam mantido sua posição e sua porcentagem de votos antes e depois de uma instabilidade que interrompeu o processo de totalização. Isso, de acordo com o presidente, indicaria que os números teriam sido manipulados, o que é FALSO. Na época em que esta alegação circulou nas redes sociais, durante o pleito do ano passado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que a ocorrência indicava "apenas homogeneidade nos votos recebidos durante a totalização". É possível observar esta homogeneidade no mapa do G1 com a apuração nas zonas eleitorais. O prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), teve o maior número de votos nas 58 seções eleitorais da capital paulista. E, em apenas duas delas – Parelheiros e Grajaú, redutos eleitorais da família Tatto –, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, não aparece como segundo colocado, perdendo a posição para Jilmar Tatto (PT). Em checagem anterior, o professor do Instituto de Computação da Unicamp e representante da SBC (Sociedade Brasileira de Computação) nos testes públicos de segurança do TSE, Paulo Lício de Geus, afirmou ao Aos Fatos que a constância da porcentagem de votos durante a apuração não é algo inesperado e não indica irregularidades na apuração.
REPETIDA 3 VEZES. Em 2021: 31.jul, 05.ago, 06.ago.