“Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio.”
A declaração é IMPRECISA, porque, apesar de terem sido concluídas durante o governo Bolsonaro, as negociações do Mercosul com a União Europeia e com a Efta (Associação Europeia de Livre Comércio, na sigla em inglês) começaram em outros governos. Além disso, a implementação dos acordos ainda não está garantida. No caso da UE, as tratativas começaram em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando foi fixado o objetivo de discutir um acordo birregional que abarcasse política, comércio e cooperação. A primeira fase de negociações foi realizada entre 2000 e 2004, mas avançou de forma mais significativa entre o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) e a gestão de Michel Temer (MDB). As discussões foram concluídas em 28 de junho de 2019, mas o texto final ainda precisa ser ratificado no Conselho da UE, no Parlamento Europeu e nos Legislativos de cada um dos países-membros do Mercosul. Depois da repercussão internacional negativa sobre os incêndios na Amazônia, os governos de França, Irlanda e Áustria já ameaçaram bloquear o texto. Já o acordo entre Mercosul e EFTA começou a ser negociado em 2017, no governo Michel Temer, e foi concluído depois de dez rodadas de discussão. O texto ainda deve passar pelos parlamentos dos países que integram os dois blocos.