“Sabemos que as aglomerações de pessoas realmente correm um risco seríssimo de o vírus se deflagrar de forma bastante grave em nosso país.”
A declaração de Bolsonaro foi considerada contraditória porque, na mesma entrevista à CNN Brasil, veiculada no último domingo (15), o presidente minimizou o impacto do contato com multidões na disseminação do coronavírus ao afirmar que as medidas de combate à pandemia beiravam a “neurose” e a “histeria”. Na ocasião, ele procurava se defender de críticas direcionadas ao fato de ter saído do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores que decidiram participar de manifestações favoráveis ao governo naquele dia. O presidente também já havia afirmado, em outros momentos, que considerava a pandemia “superdimensionada”. Em discurso em Miami no dia 9 de março, Bolsonaro disse acreditar que o surto estivesse sendo “potencializado, até por questões econômicas.” Em outro discurso realizado na mesma cidade no dia seguinte, o presidente afirmou que se tratava de uma “pequena crise”, “muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala, ou propaga, pelo mundo todo”.
REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 12.mar, 15.mar, 27.mar.