🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo de ação de reintegração de posse na Bahia é de 2019, não recente

Por Bianca Bortolon

14 de junho de 2023, 11h27

Não foi registrado recentemente, nem tem relação com o governo Lula (PT), o vídeo em que um homem mostra a produção agrícola de um acampamento no interior da Bahia totalmente destruída. Peças de desinformação que circulam nas redes descontextualizam uma ação de reintegração de posse ocorrida em Juazeiro (BA) em 2019, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), no acampamento Abril Vermelho, ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Vídeos com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 520 mil visualizações no TikTok até a manhã desta terça-feira (13). O material também circula no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

Abril vermelho destruindo tudo da agricultura. Criminosos que servem ao governo de ladrões. Vergonha pro nosso país, destruição do povo. #ForaLula

Vídeo de 2019 que mostra produção agrícola destruída circula como se fosse recente

Publicações nas redes têm compartilhado como se fosse recente um vídeo gravado em 2019 do que seria uma ação do governo Lula. As imagens mostram a lavoura de um acampamento totalmente destruída. Por meio de busca reversa, o Aos Fatos constatou que a gravação original foi feita em novembro de 2019 após uma ação de reintegração de posse realizada pela Polícia Federal no acampamento Abril Vermelho, em Juazeiro (BA).

Ocupadas por cerca de 200 famílias ligadas ao MST, as terras pertenciam à Codevasf (Companhia dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). De acordo com a Polícia Federal, a ocupação ocorreu em 2012, mas a ação de reintegração de posse foi autorizada pela Justiça Federal de Juazeiro em 2019. Segundo o MST, no entanto, as famílias chegaram ao local em 2007, após um acordo entre os governos federal e estadual, a Codevasf e o Ministério Público.

A estatal afirmou, em nota divulgada à época, que a ocupação prejudicava um projeto de irrigação que ocorria na região. A Justiça determinou que as famílias retiradas do local deveriam ser assentadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Referências:

  1. Facebook (Mídia Ninja)
  2. G1
  3. Brasil de Fato
  4. Agência Brasil

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