🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo mostra nadadora batendo recorde, e não idosa fugindo de Cuba para os Estados Unidos

Por Milena Mangabeira

2 de outubro de 2023, 16h05

É falso que uma idosa tenha nadado 174 quilômetros durante 54 horas para fugir de Cuba em direção aos Estados Unidos, como fazem crer publicações nas redes. O vídeo compartilhado pelas peças de desinformação foi gravado em 2013 e mostra o momento em que a atleta americana Diana Nyad, na época com 64 anos, tornou-se a primeira pessoa a realizar a travessia sem o auxílio de uma proteção contra tubarões.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam mais de 2,6 milhões de visualizações no TikTok até a tarde desta segunda-feira (2), além de 5.000 curtidas no Instagram e centenas de compartilhamentos no Facebook. A peça de desinformação também circula no Telegram e no WhatsApp (fale com a Fátima).


Selo falso

Uma idosa foi flagrada nadando sozinha em alto mar sem equipamentos de segurança em uma região com alta concentração de tubarões. 174 km de distância. Essa mulher nadou 174 km fugindo de Cuba até Key West…


Post compartilha vídeo de atleta que atravessou estreito da Flórida e mente ao alegar que se trata de idosa fugindo de Cuba

Um vídeo de 2013 que mostra a americana Diana Nyad completando a nado a travessia entre Cuba e Estados Unidos tem sido compartilhado fora de contexto para alegar que ela seria uma imigrante fugindo da ilha caribenha. A atleta, à época com 64 anos, tornou-se a primeira a realizar a travessia sem o auxílio de jaulas de proteção contra tubarões.

O trajeto percorrido por Nyad, que saiu de Havana e chegou ao estado da Flórida, é de cerca de 177 quilômetros, que foram percorridos em 52 horas e 54 minutos. Ela vinha tentando realizar o feito há quase 35 anos e sua penúltima tentativa havia ocorrido em 2012.

Os posts mentem ao alegar que as pessoas que aparecem em torno da Nyad não poderiam tocá-la por conta da legislação migratória. Ainda que citem o nome da nadadora, as peças de desinformação também alteram a grafia e a pronúncia de seu nome para darem a entender que se trata de uma imigrante cubana.

A peça de desinformação também foi desmentida pelo Estadão Verifica e pela Reuters.

Referências:

1.YouTube (FlóridaKeysTV)
2. UOL
3. National Geographic

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