🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.
Vídeo antigo de bombardeio na Faixa de Gaza circula como se fosse resposta recente aos ataques do Hamas
Foi gravado em maio deste ano, e não nos últimos dias, um vídeo que viralizou nas redes e que mostra a explosão de prédios e casas na Faixa de Gaza. As imagens registram uma troca de mísseis ocorrida entre o Exército de Israel e a Jihad Islâmica, que entraram em confronto após militares israelenses terem assassinado líderes do movimento.
O vídeo com o falso contexto acumulava mais de 500 mil visualizações no TikTok e 1.500 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (10).
Começa a resposta de Israel. Não mexa com a menina dos olhos de Deus.
Publicações nas redes enganam ao compartilhar como se fosse recente um vídeo que mostra prédios e casas sendo destruídos por explosões na Faixa de Gaza. As imagens, que circulam acompanhadas de legendas enganosas sugerindo que a destruição seria uma resposta de Israel aos ataques mais recentes do Hamas, na verdade registram um bombardeio ocorrido em maio deste ano durante um confronto com a Jihad Islâmica.
O vídeo original pode ser encontrado no YouTube desde aquela época, quando foi publicado pela AP e pelo Guardian. Naquele mês, a região foi palco de uma troca de mísseis após militares israelenses terem matado líderes da Jihad Islâmica e civis palestinos. Apesar de também não reconhecer o Estado de Israel e defender a criação do Estado da Palestina, a Jihad Islâmica é um grupo diferente do Hamas. É importante destacar que as duas organizações são aliadas e já atuaram em conjunto.
É fato, no entanto, que Israel usou mísseis para bombardear a Faixa de Gaza em uma contraofensiva aos ataques do Hamas iniciados no último sábado (7). Até o momento, estima-se que 1.830 pessoas tenham morrido em meio ao confronto. Duas vítimas, inclusive, são brasileiros que estavam em Israel.
Essa peça de desinformação também foi desmentida pela Reuters.
Referências:
1. YouTube (AP)
2. YouTube (The Guardian)
3. G1 (1 e 2)