🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo antigo de segurança agredindo criança na Suécia é falsamente relacionado a conflito entre Hamas e Israel

Por Milena Mangabeira

8 de novembro de 2023, 13h25

Não foi gravado recentemente em frente à embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém uma cena em que um agente de segurança estrangula uma criança. O vídeo, que tem sido compartilhado nas redes como se mostrasse um policial israelense agredindo um jovem palestino, foi filmado na verdade em 2015 na Suécia. Na ocasião, um guarda sufocou um menino de nove anos que teria fugido de um lar de apoio.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam cerca de 2.000 compartilhamentos no X (ex-Twitter) e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quarta-feira (8). A peça de desinformação também circula no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

Um policial israelense estrangulou uma criança palestina até a morte no sábado, durante o protesto na embaixada dos EUA, em Jerusalém.

Publicação afirma que vídeo de agressão contra criança gravado em 2015 na Suécia é recente e foi filmado em Jerusalém

Um vídeo gravado em 2015 que mostra um guarda estrangulando uma criança de nove anos na Suécia tem sido compartilhado nas redes como se fosse recente e mostrasse um agente israelense sufocando uma criança palestina durante um protesto em frente à embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. A agressão ocorreu em uma estação de trem na cidade de Malmo em fevereiro daquele ano.

O guarda que aparece na filmagem era um dos seguranças da estação ferroviária, que estaria cumprido uma ordem para deter duas crianças que teriam fugido de um lar de apoio e viajado sem pagar pelo transporte. À época, a polícia foi acionada para investigar o caso e o responsável pela agressão foi suspenso. Aos Fatos não encontrou atualizações mais recentes sobre o incidente.

A peça de desinformação já circulou em outros contextos e foi checada pela AFP em 2019 e pela indiana Factly em 2021. Recentemente, o conteúdo também foi desmentido pela agência indiana India Today.

Referências:

1. The Independent
2. Sydsvenskan

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