Vídeo mostra Alexandre de Moraes sendo hostilizado em Nova York, não agredido na Itália

Um vídeo difundido recentemente que mostra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes sendo hostilizado não é atual, nem foi gravado na Itália, como alegam publicações nas redes. O registro, na realidade, mostra o magistrado sendo hostilizado por manifestantes brasileiros em Nova York, nos Estados Unidos, em novembro de 2022. Não foram divulgadas imagens da agressão sofrida por Moraes na semana passada, na Itália, até a publicação desta checagem.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 2.000 compartilhamentos no Facebook e 21 mil curtidas no Instagram nesta segunda-feira (17). As peças enganosas circulam também no Kwai.

Publicações nas redes sociais difundem um vídeo que mostra o ministro do STF Alexandre de Moraes sendo hostilizado por manifestantes para alegar que as imagens mostram a agressão que o magistrado teria sofrido no aeroporto internacional de Roma, na Itália, em 14 de julho. O registro, na realidade, mostra Alexandre de Moraes sendo hostilizado em 13 de novembro de 2022, em Nova York, nos Estados Unidos.

O vídeo difundido pelas peças checadas foi gravado no momento em que Moraes deixava um restaurante e foi agredido verbalmente por manifestantes brasileiros. Nas imagens, o magistrado aparece escoltado por seguranças e entra em um carro preto.

Moraes e outros cinco ministros do tribunal (Dias Toffoli, Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski) estiveram em Nova York para participar do evento Brazil Conference, que foi realizado entre 14 e 15 de novembro.

O ministro Alexandre de Moraes relatou à Polícia Federal ter sido hostilizado e seu filho agredido por brasileiros no aeroporto internacional de Roma. O magistrado aguardava um voo para outro país da Europa após participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena.

A PF solicitou imagens da ocorrência à polícia italiana, mas não foi divulgado qualquer registro dos ataques até a publicação desta checagem.

Referências:

1. Poder360 (1, 2, 3)
2. CNN Brasil