Não é verdade que o ex-presidente americano Donald Trump foi preso nesta terça-feira (4), como alegam publicações que passaram a circular nas redes sociais nesta semana. Acusado de 34 crimes ligados à falsificação de registros comerciais, ele compareceu a um tribunal em Nova York para participar de uma audiência judicial, mas, até o momento, responde ao processo em liberdade.
Publicações com a afirmação enganosa acumulavam mais de 100 mil curtidas no Instagram e 5.000 compartilhamentos no Twitter até a tarde desta quarta-feira (28).
Donald Trump é oficialmente o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser preso por acusações criminais.
Donald Trump se tornou, nesta terça-feira (4), o primeiro ex-presidente americano réu por acusações criminais na história do país. Ao contrário do que afirmam publicações nas redes, no entanto, o republicano não foi preso: após participar de audiência judicial na tarde de ontem, Trump retornou à sua casa na Flórida. Acusado de 34 crimes ligados à falsificação de documentos, o ex-presidente ainda não foi julgado e responde ao processo em liberdade.
Há, inclusive, imagens que mostram o político e empresário chegando a Palm Beach, na Flórida, onde está localizada uma de suas residências (veja abaixo). Após retornar ao estado, Trump também se encontrou com apoiadores e fez um discurso no qual disse que seu único crime foi “defender a nação daqueles que buscam destruí-la”. O ex-presidente afirmou ser inocente perante um tribunal em Nova York.
Trump é acusado de falsificar registros comerciais para esconder o pagamento do silêncio da atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com a qual supostamente teria tido um caso em 2006. A próxima audiência está prevista para 4 de dezembro deste ano e o processo não impede sua candidatura às eleições presidenciais.
A alegação enganosa de que o ex-presidente teria sido preso passou a circular em redes brasileiras e estrangeiras logo após o político comparecer ao tribunal. A peça foi disseminada por páginas de fofoca e entretenimento e chegou a ser compartilhada pela deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), em seu Twitter e Instagram oficiais. Contatada por Aos Fatos, a assessoria de imprensa da parlamentar admitiu o erro no post, que não havia sido deletado até a publicação desta checagem.