🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Maio de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Pesquisa do IBGE sobre redução da desigualdade usa dados de 2022, não 2023

Por Milena Mangabeira

12 de maio de 2023, 17h13

Não é verdade que uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira (11) mostra que medidas implementadas pelo governo Lula (PT) foram responsáveis pelo menor índice de desigualdade dos últimos dez anos. Publicações que circulam nas redes omitem que a análise do instituto se baseou em dados coletados em 2022 — ainda, portanto, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 280 mil curtidas no Instagram e 4.000 compartilhamentos no Twitter até a tarde desta sexta-feira (12). O conteúdo falso também foi replicado por diversos perfis de fofoca e entretenimento.


Selo falso

Pela 1º vez em 10 anos, a desigualdade no Brasil CAIU para o MENOR NÍVEL, com as mudanças aplicadas pelo Governo Lula

Posts mentem ao afirmar que as políticas do governo Lula foram responsáveis pelo menor nível de desigualdade registrado no Brasil nos últimos 10 anos

Publicações nas redes enganam ao afirmar que uma pesquisa divulgada pelo IBGE nesta semana atestou que o governo Lula foi responsável por levar o Brasil ao menor patamar de desigualdade dos últimos dez anos. Os posts omitem que os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que embasam a análise do instituto foram coletados em 2022, no último ano de governo de Jair Bolsonaro. Não há, portanto, qualquer relação com o governo Lula.

Os dados do relatório apontam que o índice de Gini — indicador que mede a desigualdade — do rendimento domiciliar per capita caiu de 0,544 em 2021 para 0,518 em 2022 e que o índice de Gini do rendimento de todos os trabalhos caiu de 0,499 para 0,486. Os dois dados do ano passado representam as menores taxas da série histórica, iniciada em 2012.

Segundo o IBGE, a melhora nos indicadores se deu principalmente por conta do pagamento das parcelas de R$ 600 do Auxílio Brasil e do aumento da ocupação no mercado de trabalho.

Referências:

1. IBGE
2. Valor Econômico
3. G1

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