O G1 nunca publicou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a “educação de relacionamento homoafetivo” será prioridade nas escolas. A imagem compartilhada nas redes sociais é uma montagem que simula o portal de notícias. Não há registro da declaração, e a assessoria do petista negou a sua veracidade. A Globo também negou que a suposta reportagem tenha sido publicada no G1.
As postagens enganosas contam com centenas de compartilhamentos no Facebook. A desinformação também tem sido compartilhada no WhatsApp, mas não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
O ex-presidente Lula não afirmou que “educação de relacionamento homoafetivo” será prioridade nas escolas, caso eleito. A imagem disseminada é uma montagem que simula uma notícia do G1. A assessoria de imprensa do candidato informou que ele nunca fez a declaração. Não há propostas para educação de relacionamento homoafetivo em escolas nas diretrizes da chapa Lula-Alckmin apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A Globo afirmou ao Aos Fatos que se trata de uma publicação falsa. “Essa matéria, claro, nunca foi publicada pelo G1”, diz um trecho da nota.
Em pesquisas no site, o Aos Fatos não encontrou textos com o mesmo título que aparece na imagem que tem sido difundida. As últimas notícias publicadas pelo G1 relacionadas ao ex-presidente são sobre o momento em que ele votou nesta manhã em São Bernardo do Campo (SP) e da decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que determinou a retirada de publicações que alegam falsamente que Lula acabaria com o Pix.
A imagem também tem indícios de manipulação. Não aparece, por exemplo, o nome do autor da notícia, e o título possui ponto final, o que está em desacordo com os padrões jornalísticos.
Não é a primeira vez que produtores de desinformação falsificam capturas de tela do G1 e de outros veículos. Montagens como essas podem ser feitas em programas de edição de imagens comuns, mas há inclusive sites que geram notícias falsas com o design do site, como mostrou o Aos Fatos.
Neste fim de semana, o Aos Fatos se uniu às iniciativas de checagem AFP Checamos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa para verificar em conjunto a desinformação sobre as eleições.