É falso que homem que quebrou relógio histórico no 8 de Janeiro está em liberdade

Por Marco Faustino

1 de março de 2024, 16h26

Não é verdade que o homem que foi flagrado pelas câmeras de segurança quebrando um relógio histórico no Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 está atualmente em liberdade. Preso desde o ano passado em Minas Gerais, ele responde a cinco ações penais que correm em segredo de Justiça.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook até a tarde desta sexta-feira (1°). A peça de desinformação circula também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance dos conteúdos (fale com a Fátima).

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Selo falso

Foi condenado a 17 anos? Não se sabe. Está preso? Não se sabe. Está indiciado? Não se sabe. Qual a razão da PF não ir atrás desse baderneiro?

Posts compartilham imagem de Antônio Cláudio Alves Ferreira junto de legenda enganosa que alega que manifestante golpista está em liberdade

Publicações nas redes enganam ao alegar que Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto quebrando um relógio do século 18 durante o 8 de Janeiro, não foi detido nem indiciado pelas autoridades. Preso pela PF em 23 de janeiro do ano passado, ele foi encaminhado à Colônia Penal Professor Jacy de Assis, em Uberlândia (MG), onde permanece até hoje.

A informação de que Ferreira segue preso foi confirmada ao Aos Fatos por meio de nota enviada nesta sexta-feira (1º) pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) de Minas Gerais.

Em janeiro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) informou ao g1 que Ferreira responde por cinco crimes: organização criminosa, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, tentativa de depor governo legitimamente constituído, dano qualificado e destruição de bem protegido por lei.

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O STF aceitou em junho do ano passado uma denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Ferreira, acusado de “danificar um relógio histórico, trazido ao Brasil por D. João 6º em 1808”. Ele agora aguarda julgamento.

Referências:

1. g1 (Fontes 1, 2 e 3)
2. Aos Fatos
3. CNN Brasil

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