🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que Bolsonaro ganhou a eleição presidencial com 51% dos votos

Por Luiz Fernando Menezes

23 de novembro de 2022, 16h23

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não venceu a eleição presidencial com 51% dos votos, como afirmam postagens que circulam nas redes sociais. O resultado do segundo turno deu a vitória ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, com 50,90% dos votos válidos, contra 49,10% de Bolsonaro. As postagens distorcem um trecho do relatório apresentado pelo PL na terça-feira (22), que apresenta informações falsas, pede a anulação de votos registrados em urnas anteriores a 2020 e afirma sem apresentar provas que Bolsonaro venceria a eleição com 51% dos votos caso fossem consideradas apenas as urnas mais recentes.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 15 mil compartilhamentos no Facebook, milhares de curtidas no Instagram nesta quarta-feira (23) e circulam também no Telegram e WhatsApp (fale com a Fátima).


Selo falso

Valdemar Costa solta a bomba e relatório mostra: Bolsonaro 51% e Lula 48%

Publicações distorcem conteúdo do relatório do PL para afirmar que Bolsonaro venceu as eleições com 51% dos votos

O presidente Jair Bolsonaro perdeu o segundo turno da eleição presidencial. O resultado do segundo turno deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 50,90% dos votos, contra 49,10% do atual mandatário. Publicações que disseminam a alegação falsa de que Bolsonaro teria ganho são baseadas em um relatório divulgado pelo PL na última terça-feira (22), que traz informações falsas e busca anular votos válidos dados em urnas de modelo pré-2020. Segundo estimativa feita pelo partido, caso fossem anulados os votos registrados pelas urnas eletrônicas anteriores a 2020, Bolsonaro teria 51,05% dos votos e Lula 48,95%.

O relatório não revela erro na contagem dos votos ou irregularidade na totalização. Como explicou um dos autores do documento em entrevista ao UOL, o levantamento não fez um novo cálculo dos votos, e sim analisou um possível erro de funcionamento das urnas durante as eleições. O texto afirma que um erro no log das urnas de modelos anteriores à UE2020 impediria a idoneidade no cálculo do sufrágio e que, em alguns casos, houve quebra de sigilos dos votos. Esses argumentos, no entanto, são falsos.

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A representação foi enviada pelo PL ao TSE na tarde da última terça-feira. Minutos depois, o presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, publicou despacho em que afirma que o pedido do partido deve incluir os resultados do primeiro turno, uma vez que as mesmas urnas foram utilizadas nas duas fases do pleito.

Referências:

1. TSE (1 e 2)
2. Scribd
3. CNN Brasil (1 e 2)
4. UOL
5. Aos Fatos

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