O governo do presidente da República interino, Michel Temer, se propõe a controlar as contas públicas, a dívida nacional, o desemprego e a inflação. O objetivo, segundo sua equipe, é retomar o crescimento econômico e atrair investimentos.
Enquanto isso, em meio a uma severa crise política, o país viu a inflação crescer, o desemprego aumentar, a dívida pública avançar e o PIB (Produto Interno Bruto) diminuir. Mas, se as coisas estão ruins por aqui, como está o restante do mundo nas mesmas questões?
Aos Fatos, em parceria com o Volt Data Lab, preparou uma série de gráficos para mostrar onde o país se encaixa no cenário mundial, a partir de alguns dos indicadores mais importantes da economia: crescimento do PIB, relação da dívida sobre o PIB, desemprego e taxa de inflação.
A reportagem concluiu que, em que pese o precário cenário macroeconômico brasileiro, ainda há fôlego para recuperação. A dívida pública do país (de 66,2% do PIB), por exemplo, embora tenha se distanciado da média mundial, ainda é bem menor que a de grandes economias como a Itália (132,7%), a do Japão (229,2%) e a da França (95,8%).
No entanto, quando o quesito é crescimento econômico, o desempenho brasileiro em relação ao restante do mundo é grave. Se a economia brasileira viu retração de -3,8% em 2015, apenas países pobres, com crises internas e em guerra como Iêmen (-28,1%), Serra Leoa (-21,5%), Ucrânia (-9,9%) e Líbia (-6,4%) registraram rendimento pior.