🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.
Bonner se referia à ditadura militar quando criticou prisões sem motivo, não ao governo Lula
Não tem relação com o governo Lula (PT) o vídeo que viralizou nas redes sociais recentemente em que William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, critica prisões sem motivo e a falta de liberdade de expressão. A gravação, na verdade, foi veiculada em setembro de 2022 e viralizou em uma versão editada para retirar o real contexto: Bonner se referia à ditadura militar (1964–1985), período em que o Estado Democrático de Direito foi suspenso no país.
O vídeo enganoso acumula ao menos 1,4 milhão de visualizações no TikTok e 1.000 curtidas no Instagram até a tarde desta terça-feira (6).
Bonner manifesta preocupação com o governo Lula. Faz o L agora.
Publicações nas redes têm compartilhado um vídeo editado do Jornal Nacional, da Globo, para sugerir que o apresentador William Bonner teria acusado o governo Lula (PT) de prender pessoas sem motivo e não permitir que cidadãos criticassem uma decisão do Executivo. A fala original foi veiculada em setembro de 2022 e se referia à retirada de direitos durante a ditadura militar.
No vídeo completo, é possível ver que Bonner se referia ao período do regime militar quando criticava as violações: “São 34 anos, por isso os brasileiros com menos de 40 anos de idade não tem memória da ditadura, não tem uma ideia viva do que seja uma ditadura. Poder ser preso sem saber porque, não ter direitos, não ter a liberdade de criticar uma decisão do governo. No Brasil da ditadura militar, falar mal do governo mesmo dentro da sua casa podia ser perigoso se o seu vizinho escutasse”.
Naquela época, o Jornal Nacional estava veiculando a quinta reportagem de uma uma série especial intitulada Brasil em Constituição. No total, o programa apresentou 23 reportagens sobre mudanças legislativas históricas, como o direito ao voto, a independência dos Três Poderes e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
A Agência Lupa e o UOL Confere também publicaram uma checagem sobre o assunto.
Referências:
