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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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08.mar.2022

“Eu tinha um partido com sete segundos de televisão [nas eleições de 2018].”

Bolsonaro destaca que conseguiu se eleger mesmo com pouco tempo de propaganda eleitoral televisiva. No primeiro turno das eleições presidenciais, o tempo de cada partido no horário eleitoral de rádio e TV varia de acordo com o tamanho da bancada eleita para a Câmara dos Deputados na última eleição. Quando coligações são formadas, os tempos a que cada sigla tem direito são somados. Em 2018, Jair Bolsonaro, que não fez coligações para sua campanha, teve oito segundos de tempo de propaganda no rádio e na TV dos candidatos à Presidência no segundo turno. No segundo turno, no entanto, quando enfrentou o petista Fernando Haddad, o candidato teve direito aos mesmos dez minutos de propaganda eleitoral que o seu oponente. Por isso, a declaração foi classificada como IMPRECISA.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 4 VEZES. Em 2021: 08.nov. Em 2022: 08.mar, 16.abr, 13.mai.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.mar.2022

“Eu não acredito em pesquisa. As pesquisas em 2018 apontaram que eu não chegaria em segundo turno e se chegasse perderia pra todo mundo.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. De forma similar, o Ibope apontava em 24 de setembro para a derrota de Bolsonaro em eventual segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB) e o empate com Marina Silva (Rede). A declaração, no entanto, foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento, e os institutos fizeram outros levantamentos nas semanas posteriores que indicavam a vitória do atual presidente nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%. Já na véspera do segundo turno, o Ibope publicou que Bolsonaro venceria as eleições com 53,4% dos votos válidos, contra 46,6% de Haddad, o que de fato aconteceu.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 12.fev, 07.mar, 16.abr, 25.mai, 13.jun.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

12.fev.2022

“Se as pesquisas fossem sérias, eu não teria sido eleito em 2018. Inclusive, as pesquisas diziam, em especial o Datafolha, que eu não iria para o segundo turno. E, se fosse, perderia para qualquer um.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. De forma similar, o Ibope apontava em 24 de setembro para a derrota de Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) e o empate com Marina Silva (Rede). A declaração, no entanto, foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento, e os institutos de pesquisa fizeram outros levantamentos nas semanas seguintes que indicavam a vitória de Bolsonaro nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%. Já na véspera do segundo turno, o Ibope publicou que Bolsonaro venceria as eleições com 53,4% dos votos válidos, contra 46,6% de Haddad, o que de fato aconteceu.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 12.fev, 07.mar, 16.abr, 25.mai, 13.jun.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

31.jan.2022

“Olha, se eu me preocupar com pesquisa... Eu não iria para o segundo turno em 2018. Perderia para todo mundo.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. De forma similar, o Ibope apontava em 24 de setembro para a derrota de Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) e o empate com Marina Silva (Rede). A declaração, no entanto, foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento, e os institutos de pesquisa fizeram outros levantamentos nas semanas seguintes que indicavam a vitória de Bolsonaro nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%. Já na véspera do segundo turno, o Ibope publicou que Bolsonaro venceria as eleições com 53,4% dos votos válidos, contra 46,6% de Haddad, índices próximos aos apresentados pelas urnas (55,13% a 44,87%)

FONTE ORIGEM

REPETIDA 16 VEZES. Em 2019: 02.set, 11.out, 09.dez, 10.dez. Em 2020: 16.jan. Em 2021: 30.jan, 10.jun, 25.jun, 12.jul, 17.ago, 23.set, 25.nov. Em 2022: 31.jan, 15.jun, 13.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

31.jan.2022

“Se fossem verídicas [as pesquisas de opinião], eu não teria sido eleito em 2018. Diziam até que eu não iria para o segundo turno, e caso fosse, perderia para todo mundo.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. De forma similar, o Ibope apontava em 24 de setembro para a derrota de Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) e o empate com Marina Silva (Rede). A declaração, no entanto, foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento, e os institutos de pesquisa fizeram outros levantamentos nas semanas seguintes que indicavam a vitória de Bolsonaro nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%. Já na véspera do segundo turno, o Ibope publicou que Bolsonaro venceria as eleições com 53,4% dos votos válidos, contra 46,6% de Haddad, o que de fato aconteceu.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 16 VEZES. Em 2019: 02.set, 11.out, 09.dez, 10.dez. Em 2020: 16.jan. Em 2021: 30.jan, 10.jun, 25.jun, 12.jul, 17.ago, 23.set, 25.nov. Em 2022: 31.jan, 15.jun, 13.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

17.jan.2022

“Uma eleição também que foi praticamente um milagre. A gente não tinha nada, quase nada ao nosso lado, né? A não ser Deus e o povo, obviamente. Mas no tocante a partido político, verba, não tínhamos.”

Bolsonaro diz ter conseguido se eleger à Presidência da República em 2018 sem dinheiro e sem partido, o que é FALSO. De acordo com o extrato oficial da prestação de contas da Justiça Eleitoral, o presidente, que foi candidato pelo PSL, arrecadou R$ 4.390.140 em doações para a campanha, dos quais R$ 2.456.215 foram gastos. A soma foi bastante inferior à de seu rival no segundo turno, Fernando Haddad (PT), cuja campanha despendeu R$ 33,6 milhões.

FONTE ORIGEM

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

24.dez.2021

“Lá no Chile a esquerda ganhou. Mais da metade dos eleitores não participaram das eleições.”

É FALSO que mais da metade dos eleitores chilenos não tenham comparecido às urnas no pleito que elegeu Gabriel Boric como o novo presidente do país. De acordo com dados do Servel (Serviço Eleitoral do Chile), 8,3 milhões de pessoas votaram no segundo turno das eleições presidenciais do dia 19 de dezembro, o que corresponde a 55,4% do total de votantes. No país, o voto é facultativo desde 2012.

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Tema: Eleições. Origem: Entrevista

14.dez.2021

“Eu discretamente apoiei um candidato em São Paulo a prefeito e outro no Rio. Perderam.”

Bolsonaro diz que teve uma participação discreta nas eleições municipais de 2020, o que é IMPRECISO. Ao longo de todo o mês de outubro daquele ano, o presidente deu declarações de apoio a 61 candidatos a prefeito e vereador durante discursos, transmissões ao vivo e encontros com apoiadores. Além de reservar alguns minutos de três lives às quintas-feiras para fazer campanha, Bolsonaro ainda fez mais três transmissões especificamente destinadas a divulgar candidatos na semana que antecedeu o primeiro turno. Para alguns postulantes, o presidente também autorizou o uso de sua imagem na campanha. É fato, no entanto, que os candidatos apoiados por Bolsonaro para as prefeituras de Rio e São Paulo, Marcelo Crivella (Republicanos) e Celso Russomanno (Republicanos), perderam a disputa.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 10.dez, 19.dez. Em 2021: 14.dez.

Tema: Eleições. Origem: Outros

09.dez.2021

“Ó, tem local que o pessoal tá apertando 17 e sai 13'. Verdade!”

O presidente retoma uma desinformação que circulou nas eleições de 2018 que sustentava que as urnas estariam autocompletando os votos para o petista Fernando Haddad mesmo quando o eleitor tentava votar em Bolsonaro. Na época, o TRE-MG (Tribunal Eleitoral Regional de Minas Gerais), que recebeu a denúncia da suposta fraude, analisou o vídeo no qual um homem mostrava uma urna supostamente manipulada. De acordo com o tribunal, havia vários indícios de montagem nas imagens, como o som duplicado de clique na tecla, que sugere que outra pessoa digitaria outro número, além da mão que aparece nas imagens. O TRE também alertou para o fato de que, em nenhum momento, a gravação mostra a tela com o candidato e o teclado ao mesmo tempo. Em nota, o tribunal afirmou que “não existe a possibilidade de a urna autocompletar o voto do eleitor, e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela”. Por esse motivo, a declaração de Bolsonaro foi classificada como FALSA.

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REPETIDA 15 VEZES. Em 2020: 20.nov, 29.nov. Em 2021: 06.jan, 11.mar, 05.jul, 22.jul, 26.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 12.ago, 09.dez. Em 2022: 18.jul, 06.set.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

09.dez.2021

“Como essa cassação do deputado Francischini do Paraná. Faltavam 10 minutos para acabar a votação, ele fez uma live e mostrou o que tava acontecendo, mostrou a verdade! ”

Em 28 de outubro de 2021, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu cassar o mandato e tornar inelegível por oito anos o deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR), eleito em 2018 com 427.749 votos, por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social. Na data das eleições de 2018, a 22 minutos do fim do processo, o político — que à época ocupava o cargo de deputado federal — iniciou uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Diferentemente do que afirma Bolsonaro, no entanto, o ex-parlamentar não difundiu "a verdade", mas sim desinformação contrária às urnas eletrônicas. Baseando-se em boatos que circularam nas redes e foram desmentidos pelo TSE, Francischini apontou que eleitores não estariam conseguindo votar no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Isso torna a declaração IMPRECISA.

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Tema: Eleições, Justiça. Origem: Discurso

25.nov.2021

“As pesquisas de 2018 diziam que eu não ia passar para o segundo turno. E se passasse, perderia para qualquer um.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. A declaração, no entanto, foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento, e o Datafolha fez outros levantamentos nas semanas seguintes que indicavam a vitória de Bolsonaro nas eleições. O instituto mostrou que as intenções de voto nele cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno e, depois, o candidato vencedor das eleições. Em pesquisa publicada na véspera do primeiro turno, o instituto disse que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, contra 29% de Haddad. Já na véspera do segundo turno, o Datafolha publicou que Bolsonaro ganharia a eleição com 55% dos votos válidos, contra 45% de Haddad, o que de fato aconteceu.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 16 VEZES. Em 2019: 02.set, 11.out, 09.dez, 10.dez. Em 2020: 16.jan. Em 2021: 30.jan, 10.jun, 25.jun, 12.jul, 17.ago, 23.set, 25.nov. Em 2022: 31.jan, 15.jun, 13.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

25.nov.2021

“Outro milagre é eu me eleger com um partido que tinha oito segundos de televisão e sem fundo partidário.”

Ao comentar sobre sua eleição à Presidência em 2018, Bolsonaro frequentemente alega não ter tido acesso a recursos como tempo de televisão e fundo partidário. Isso, no entanto, é FALSO. Em 2018, o PSL, partido pelo qual o presidente concorreu, recebeu R$ 9.203.060,51 de Fundo Especial de Financiamento de Campanha, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Cerca de R$ 480 mil desse montante foram utilizados para executar a estratégia de atuação do PSL nas redes sociais, o que beneficiou Bolsonaro indiretamente. Também é incorreto afirmar que o presidente não teve direito a tempo de televisão na campanha. Ainda que no primeiro turno tenha tido direito a apenas oito segundos de tempo de propaganda, no segundo, Bolsonaro teve os mesmos dez minutos de seu adversário, Fernando Haddad (PT).

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2019: 21.nov. Em 2021: 25.out, 09.nov, 25.nov. Em 2022: 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

09.nov.2021

“A gente não tinha nada. Não tinha televisão, não tinha fundo partidário, nada.”

Ao comentar sobre sua eleição à Presidência em 2018, Bolsonaro frequentemente alega não ter tido acesso a recursos como tempo de televisão e fundo partidário. Isso, no entanto, é FALSO. Em 2018, o PSL, partido pelo qual o presidente concorreu, recebeu R$ 9.203.060,51 de Fundo Especial de Financiamento de Campanha, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Cerca de R$ 480 mil desse montante foram utilizados para executar a estratégia de atuação do PSL nas redes sociais, o que beneficiou Bolsonaro indiretamente. Também é incorreto afirmar que o presidente não teve direito a tempo de televisão na campanha. Ainda que no primeiro turno tenha tido direito a apenas oito segundos de tempo de propaganda, no segundo, Bolsonaro teve os mesmos dez minutos de seu adversário, Fernando Haddad (PT).

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2019: 21.nov. Em 2021: 25.out, 09.nov, 25.nov. Em 2022: 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

08.nov.2021

“E nós vencemos isso aí com um partido que tinha oito segundos de televisão.”

Bolsonaro destaca que conseguiu se eleger mesmo com pouco tempo de propaganda eleitoral televisiva. No primeiro turno das eleições presidenciais, o tempo de cada partido no horário eleitoral de rádio e TV varia de acordo com o tamanho da bancada eleita para a Câmara dos Deputados na última eleição. Quando coligações são formadas, os tempos a que cada sigla tem direito são somados. Em 2018, Jair Bolsonaro, que não fez coligações para sua campanha, teve oito segundos de tempo de propaganda no rádio e na TV dos candidatos à Presidência no segundo turno. No segundo turno, no entanto, quando enfrentou o petista Fernando Haddad, o candidato teve direito aos mesmos dez minutos de propaganda eleitoral que o seu oponente. Por isso, a declaração foi classificada como IMPRECISA.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 4 VEZES. Em 2021: 08.nov. Em 2022: 08.mar, 16.abr, 13.mai.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

08.nov.2021

“Mas o ideal, eu ainda acho que é o voto impresso ao lado da urna eletrônica. Noventa e nove por cento dos países democráticos fazem. ”

De acordo com um levantamento do IDEA (Institute for Democracy and Electoral Assistance), a maior parte dos países não utiliza urnas eletrônicas, e por isso a declaração é FALSA. Dos 178 países analisados, 142 (79,8%) não adotam o voto eletrônico em suas eleições. É fato, no entanto, que entre os países que utilizam algum tipo de urna eletrônica em suas eleições, apenas três não possuem equipamentos que permitem a impressão do comprovante de voto: Brasil, Bangladesh e Butão.

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Tema: Eleições. Origem: Entrevista

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