“Você não vê sobre as ditas minorias qualquer discriminação da nossa parte.”
Entre as manifestações discriminatórias de Bolsonaro e de membros do seu governo sobre a população LGBTQIA+, indígenas e negros, estão “o Brasil não pode ser o paraíso do turismo gay. Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade, agora não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay”, ao vetar uma peça publicitária do Banco do Brasil, em abril de 2019. Em julho de 2022, fez uma fala homofóbica e transfóbica ao afirmar que seu plano era que “Joãozinho seja Joãozinho a vida toda”, que “a Mariazinha seja Maria a vida toda”, e que a família seja composta por “homem, mulher e prole”. Sobre indígenas, Bolsonaro já afirmou que “cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós”, em janeiro de 2020; em janeiro de 2021, a Funai (Fundação Nacional do Índio) dificultou a autodeclaração dos povos originários, e em outubro de 2022, conselhos e comitês de participação indígena foram extintos. Bolsonaro também manteve entre o final de 2019 e o início de 2022 na Fundação Cultural Palmares, responsável por promover políticas antirracistas, o ativista Sérgio Camargo, autor de frases como “orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e “chora, negrada vitimista”. Por fim, em maio deste ano, mesmo após ser condenado por declaração semelhante, Bolsonaro voltou a dizer que um apoiador negro seria pesado em arrobas. Em julho do ano passado, o presidente também descreveu um apoiador negro como “criador de barata” por conta de seu cabelo.