“Eu dou o inquérito da PF de 2018 para quem quiser. Para quem quiser. Apesar de o STF falar que ele é confidencial, não é confidencial.”
Bolsonaro se refere ao inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018, cujos dados foram divulgados por ele em transmissão ao vivo em suas redes sociais no dia 4 de agosto de 2021. O presidente afirma que o documento não tinha classificação sigilosa, o que, no entanto, é desmentido pela conclusão da própria Corregedoria da Polícia Federal. Em relatório divulgado em fevereiro de 2022, a Corregedoria afirma que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal”. Ao STF, a Polícia Federal também disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao divulgar, ao lado do deputado Filipe Barros (PL-PR), o inquérito policial. O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro por crime de vazamento de dados sigilosos devido ao foro por prerrogativa de função. No dia 5 de agosto deste ano, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para arquivar o inquérito sobre os dados sigilosos.
REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 17.jul, 18.jul, 08.ago.