🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Como funcionam as câmeras corporais dos policiais? Fátima explica

Por Luiz Fernando Menezes

19 de dezembro de 2023, 11h54

Vestida de policial, com traje cinza, boina e colete, Fátima segura uma câmera na altura do peito. Texto: Um quarto das polícias militares brasileiras já usa câmeras corporais durante as abordagens. E a grande maioria dos estados que ainda não implementou a tecnologia estuda a possibilidade de utilizá-la.
Dois policiais abordam um carro amarelo em um estacionamento. Cena é mostrada pela perspectiva de um dos agentes, que grava a ocorrência com o uso da câmera corporal. Texto: De maneira geral, essas câmeras são instaladas no peito dos policiais e gravam imagem e som de forma ininterrupta. Há a opção de o agente melhorar a qualidade da gravação, mas o aumento do consumo de bateria faz com que esse modo seja reservado apenas para as abordagens.
Esquema mostra como gravações feitas com câmeras corporais chegam às polícias, à defensoria, ao Ministério Público e às Secretarias de Segurança. No primeiro passo, as imagens da câmera vão para uma nuvem online; em seguida, elas chegam às autoridades. Texto: Em alguns estados, como São Paulo, as gravações podem ser acessadas ao vivo por agentes de segurança por meio da internet. Já em outros, como no Rio de Janeiro, elas são enviadas para o sistema após o fim das operações.
Cena mostra câmera corporal gravando momento em que policial faz um pagamento com o cartão de crédito. Texto: Apesar de a tecnologia já ser usada em diversos países, ainda há resistência de parte dos policiais. Uma das reclamações é a falta de privacidade em momentos como idas ao banheiro, pagamentos de refeições e conversas particulares com os colegas.
Policial fardada de cinza encara com desconfiança câmera corporal usada por colega que está logo ao seu lado. Texto: Agentes também alegam que isso pode levar a um despoliciamento, ou seja, desencorajar os policiais a se envolverem em abordagens pelo medo de serem incriminados
Policial com farda ocre, colete e arma na cintura leva um homem imobilizado até a viatura. Texto: Defensores da adoção das câmeras corporais, no entanto, apontam que há estatísticas de que elas diminuem casos de violência policial. As gravações podem evitar o uso excessivo da força e a corrupção dos agentes.Homem que estava sendo preso por policial no quadro anterior se aproxima mais da viatura. Cena passa a enquadrar um muro com a placa: Atenção, você está sendo filmado. Texto: As câmeras também protegem o policial. Ao perceber que estão sendo gravados, civis abordados tendem a ser menos reativos, por exemplo. E as imagens podem servir como prova em processos judiciais.Fátima fardada, com traje cinza, colete e boina, segura câmera corporal na altura do peito e faz gesto negativo com a mão. Texto: Sozinhas, no entanto, as câmeras não são capazes de resolver o problema. Seu uso deve vir acompanhado de supervisão e regulação, para garantir as boas práticas e evitar que policiais impeçam gravações de propósito.

Referências:

1. G1
2. Tecmundo
3. Entrevista com Daniel Edler, pesquisador do NEV (Núcleo de Estudos da Violência), da USP
4. Fórum Brasileiro de Segurança Pública
5. Axon (1 e 2)
6. FGV
7. Ponte

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