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Como Bolsonaro desinforma sobre urnas

Por Amanda Ribeiro e Luiz Fernando Menezes

13.jul.2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) coloca em dúvida a segurança do sistema de votação no país desde sua campanha à Presidência
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Em setembro de 2018, ele fez live direto do hospital onde se recuperava da facada que levou em Juiz de Fora (MG). Então candidato, afirmou que a possibilidade de fraude no pleito era concreta
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE


Bolsonaro liderou o primeiro turno de 2018 com 46% dos votos. Mesmo assim, horas depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgar o resultado, ele afirmou que havia denúncias de fraude

Já presidente, Bolsonaro insistiu sem provas que teria sido eleito no primeiro turno em 2018 caso não tivesse ocorrido uma suposta fraude


A alegação falsa circulou também em peças desinformativas nas redes


Vídeos editados mostravam uma urna que teria autocompletado votos em Fernando Haddad (PT), segundo lugar com 29%

Foto: Reprodução
Foto: Alan Santos/PR
Em 2020,ano de eleições municipais, Bolsonaro disse pela primeira vez ter provas de que houve fraude na disputa de 2018 e que iria apresentá-las “logo”
Foto: Antonio Augusto/secom/TSE
O“logo” nunca veio. Desde a adoção da urna eletrônica, não há nenhuma prova de que o sistema foi fraudada
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Bolsonaro passou a dizer que as urnas eletrônicas não seriam auditáveis, não seriam usadas em nenhum outro lugar do mundo e que um ataque hacker a elas para alterar votos seria simples — tudo falso

Declarações com teor golpista se intensificaram após o STF (Supremo Tribunal Federal) anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e torná-lo elegível, no dia 15 de abril de 2021

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No dia 7 de setembro de 2021, grandes manifestações de rua mobilizaram a base eleitoral bolsonarista e direcionaram ataques ao STF, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, e também às urnas

Um novo elemento somou-se à equação: as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE para a Comissão de Transparência das Eleições

Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente passou a recorrer com frequência aos militares para compor o argumento contra o sistema eleitoral

Foto: Isac Nóbrega/PR

Bolsonaro já foi eleito cinco vezes deputado federal pelo voto eletrônico (entre 1998 e 2014) e duas no pleito por cédula (1990 e 1994)

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Em 1993, durante reunião no Clube Militar, ele afirmou que a eleição deveria ser informatizada para evitar fraudes, segundo o Jornal do Brasil de 21 de agosto daquele ano

Foto: Tânia Regô/Agência Brasil

“Não querem informatizar as apurações pelo TRE [Tribunal Regional Eleitoral]. Sabe o que vai acontecer? Os militares terão 30 mil votos e só serão computados 3.000”, disse à época

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