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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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15.set.2022

“Eu não errei nenhuma durante a pandemia.”

Ao longo da pandemia de Covid-19, Bolsonaro deu várias declarações que se provaram erradas sobre a gravidade da doença, as medidas de proteção e a eficácia das vacinas. Ele defendeu o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes contra a doença, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. O presidente também foi contra o uso de máscaras e a adoção do isolamento social, medidas que a ciência demonstrou serem eficientes para conter a transmissão do vírus. O mandatário ainda afirmou diversas vezes que as vacinas aprovadas para uso no Brasil eram experimentais. Todos os imunizantes aplicados no país passaram por três fases de testes, quando tiveram segurança e eficácia comprovadas.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 4 VEZES. Em 2022: 16.ago, 18.ago, 22.ago, 15.set.

Tema: Coronavírus. Origem: Live

22.ago.2022

“E outra coisa: eu não errei nada do que eu falei sobre a pandemia.”

Ao longo da pandemia de Covid-19, Bolsonaro deu várias declarações que se provaram erradas sobre a gravidade da doença, as medidas de proteção e a eficácia das vacinas. Ele defendeu o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes contra a doença, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. O presidente também foi contra o uso de máscaras e a adoção do isolamento social, medidas que a ciência demonstrou serem eficientes para conter a transmissão do vírus. O mandatário ainda afirmou diversas vezes que as vacinas aprovadas para uso no Brasil eram experimentais. Todos os imunizantes aplicados no país passaram por três fases de testes, quando tiveram segurança e eficácia comprovadas.

LEIA MAIS FONTE ORIGEM

REPETIDA 4 VEZES. Em 2022: 16.ago, 18.ago, 22.ago, 15.set.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

18.ago.2022

“Eu dou a minha opinião e não errei nenhuma das minhas opiniões durante a pandemia. ”

Ao longo da pandemia de Covid-19, Bolsonaro deu várias declarações que se provaram erradas sobre a gravidade da doença, as medidas de proteção e a eficácia das vacinas. Ele defendeu, por exemplo, o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes contra a doença, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. O presidente também foi contra o uso de máscaras e a adoção do isolamento social, medidas que a ciência demonstrou serem eficientes para conter a transmissão do vírus. O mandatário ainda afirmou diversas vezes que as vacinas aprovadas para uso no Brasil eram experimentais. Todos os imunizantes aplicados no país passaram por três fases de testes, quando tiveram segurança e eficácia comprovadas.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 4 VEZES. Em 2022: 16.ago, 18.ago, 22.ago, 15.set.

Tema: Coronavírus. Origem: Live

16.ago.2022

“E digo a vocês, tudo que eu falei lá atrás, com muita humildade, não errei nenhuma das observações que fiz sobre a pandemia.”

É falso que o presidente Jair Bolsonaro não tenha errado em nenhuma de suas observações sobre a Covid-19. Desde o início da pandemia, em março de 2020, Bolsonaro tem desinformado sistematicamente sobre a doença, defendido tratamentos sem eficácia e atacado formas de prevenção cientificamente comprovadas. Em diversas ocasiões, por exemplo, o presidente afirmou que o tratamento precoce com medicamentos como a hidroxicloroquina, a ivermectina, a nitazoxanida e a vitamina D seria capaz de evitar o agravamento da doença, o que é falso. Em estudos científicos, nenhum dos medicamentos citados foi considerado eficaz contra a infecção e a vitamina não teve seus benefícios comprovados. O presidente também é um crítico contumaz das medidas de isolamento e do uso de máscaras, que afirma não serem eficazes na prevenção da doença. Diversas pesquisas, no entanto, já provaram que o isolamento ajuda a frear a transmissão em momentos de pico e que o uso de máscaras e o distanciamento social reduzem as chances de infecção pelo Sars-CoV-2. Bolsonaro também tem atacado sistematicamente as vacinas desenvolvidas contra a Covid-19, que afirma serem experimentais. Todos os imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no entanto, passaram por três fases de testes e têm sua segurança e eficácia comprovadas. De acordo com o contador de declarações do Aos Fatos, Bolsoaro já deu 2.507 declarações falsas ou distorcidas sobre a Covid-19.

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REPETIDA 4 VEZES. Em 2022: 16.ago, 18.ago, 22.ago, 15.set.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

13.ago.2022

“Não vou falar o nome. É um remedinho pra combater a malária. Deram uma dose cavalar de remédio pros pacientes. Morreram. Se eu te encher de um remédio qualquer, em dose excessiva tu pode morrer.”

O presidente faz referência a um estudo conduzido em Manaus por 28 pesquisadores do grupo CloroCovid-19, formado por membros da Fiocruz, da Universidade Estadual do Amazonas, da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade de São Paulo. Na pesquisa, pacientes com quadros graves da doença foram divididos em dois grupos. O primeiro recebeu 450 mg de cloroquina duas vezes no primeiro dia e uma vez nos quatro dias seguintes, o que está dentro das indicações do Ministério da Saúde. O segundo recebeu 600 mg duas vezes por dia, por dez dias, seguindo um protocolo chinês de tratamento e com base em pesquisas in vitro que sugeriam que o remédio tinha potencial antiviral maior em doses mais altas. Após 13 dias, 16 pessoas haviam morrido no grupo que recebeu a dose mais alta (39% dos participantes) e seis no grupo das doses mais baixas (15%), o que levou à interrupção do estudo. O presidente, portanto, é incorreto ao relacionar a morte dos pacientes com as doses dos medicamentos, uma vez que a quantidade administrada estava dentro de protocolos de saúde.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Comprimidinho que eu tomei, não pode falar o nome, que é pra falar pra malária.”

Bolsonaro faz referência à hidroxicloroquina, que afirma ter usado quando teve Covid-19. No entanto, o presidente nunca apresentou receituário que comprove que de fato tomou o medicamento. O Aos Fatos chegou a requisitar o documento de prescrição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas teve o pedido negado pela Secretaria de Comunicação, que alegou que "as informações individualizadas sobre o assunto dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas".

FONTE ORIGEM

REPETIDA 95 VEZES. Em 2020: 28.out, 29.out, 11.nov, 12.nov, 16.nov, 26.nov, 29.nov, 02.dez, 14.dez, 15.dez, 19.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 23.fev, 04.mar, 08.mar, 10.mar, 11.mar, 18.mar, 19.mar, 25.mar, 07.abr, 15.abr, 16.abr, 22.abr, 23.abr, 28.abr, 05.mai, 06.mai, 13.mai, 14.mai, 20.mai, 27.mai, 03.jun, 09.jun, 11.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 19.jul, 22.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 05.ago, 17.ago, 23.ago, 27.ago, 28.ago, 30.ago, 05.set, 10.set, 16.set, 21.set, 23.set, 24.set, 27.set, 30.set, 05.out, 07.out, 21.out, 26.out, 27.out, 05.nov, 08.nov, 23.nov, 25.nov, 07.dez, 09.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 06.jan, 17.jan, 25.mai, 28.jun, 30.jun, 27.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Por que que na África substariana por exemplo o número de mortes não é igual da Itália? (...) Tomava outro remedinho que é pra cegueira dos rios.”

Ao defender o uso da hidroxicloroquina e de outros medicamentos, como a ivermectina, contra a Covid-19, Bolsonaro tem mencionado o suposto sucesso de países do continente africano, em especial da África Subsaariana, que, ao usar os remédios, evitariam a infecção pelo coronavírus. A declaração, no entanto, é insustentável, porque, além de haver evidências científicas que apontam que as drogas não são eficazes contra a Covid-19, há diversas teorias que explicam o baixo número de notificações no continente africano e nenhuma delas faz menção aos medicamentos. Em artigo publicado no site The Conversation, a equipe de pesquisadores sobre Covid-19 da Academia Africana de Ciências afirma que um dos fatores que podem explicar o baixo número de mortes é a idade geral da população, muito mais baixa do que a registrada em países europeus, por exemplo, onde a expectativa de vida é mais alta. Outro ponto são os baixos índices de testagem, que levam a uma subnotificação de casos e mortes. Há, ainda, a hipótese de que parte da população do continente tenha simplesmente uma resposta imune melhor do que a do restante do mundo por fatores genéticos ou pela exposição anterior a outros patógenos.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 30 VEZES. Em 2020: 04.set, 08.out, 19.out, 28.out, 29.out, 04.nov, 11.nov, 16.nov, 26.nov, 27.nov, 29.nov, 02.dez, 03.dez, 10.dez, 14.dez, 15.dez, 18.dez, 19.dez, 24.dez, 28.dez, 31.dez. Em 2021: 12.jan, 15.jan, 19.mar, 07.abr. Em 2022: 15.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

27.jul.2022

“Eu, que tomei cloroquina.”

Bolsonaro faz referência à hidroxicloroquina, que afirma ter usado quando teve Covid-19. No entanto, o presidente nunca apresentou receituário que comprove que de fato tomou o medicamento. O Aos Fatos chegou a requisitar o documento de prescrição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas teve o pedido negado pela Secretaria de Comunicação, que alegou que "as informações individualizadas sobre o assunto dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas".

FONTE ORIGEM

REPETIDA 95 VEZES. Em 2020: 28.out, 29.out, 11.nov, 12.nov, 16.nov, 26.nov, 29.nov, 02.dez, 14.dez, 15.dez, 19.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 23.fev, 04.mar, 08.mar, 10.mar, 11.mar, 18.mar, 19.mar, 25.mar, 07.abr, 15.abr, 16.abr, 22.abr, 23.abr, 28.abr, 05.mai, 06.mai, 13.mai, 14.mai, 20.mai, 27.mai, 03.jun, 09.jun, 11.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 19.jul, 22.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 05.ago, 17.ago, 23.ago, 27.ago, 28.ago, 30.ago, 05.set, 10.set, 16.set, 21.set, 23.set, 24.set, 27.set, 30.set, 05.out, 07.out, 21.out, 26.out, 27.out, 05.nov, 08.nov, 23.nov, 25.nov, 07.dez, 09.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 06.jan, 17.jan, 25.mai, 28.jun, 30.jun, 27.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

20.jul.2022

“Ah, não tem comprovação científica [o tratamento precoce]... A vacina também não tinha. Era experimental ainda.”

Bolsonaro retoma um argumento falso de que as vacinas contra a Covid-19 que começaram a ser utilizadas em 2021 teriam sido aprovadas mesmo ainda sendo experimentais. Os quatro imunizantes aplicados na época (CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen) foram submetidos às três fases de testes, incluindo a etapa de estudos clínicos em humanos, e tiveram seus dados de eficácia e segurança escrutinados e validados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O termo “experimental” havia sido incluído no relatório técnico da Anvisa que validou, em janeiro de 2021, o uso dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca antes de ser concluída a fase 3 dos dois estudos. Porém, essas etapas já haviam sido encerradas. As vacinas AstraZeneca e Pfizer tinham registros definitivos na Anvisa. A CoronaVac e a Janssen possuía aprovação para uso emergencial — o que não significa que elas fossem “vacinas experimentais”. A CoronaVac, por exemplo, passou por estudos clínicos de fases 1, 2 e 3, que atestaram a segurança, a resposta imunológica e a eficácia do imunizante — e que basearam a decisão unânime da Anvisa em janeiro deste ano. Além disso, estudos envolvendo a aplicação em larga escala do imunizante, em Serrana (SP) e no Chile, apontaram que a CoronaVac foi capaz de reduzir a circulação do vírus. Já o chamado "tratamento precoce", envolve o uso de medicações como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina contra o novo coronavírus, nunca se mostrou eficaz no combate à doença.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Outros

15.jul.2022

“Falei muito, não errei nenhuma [sobre a pandemia].”

Durante a pandemia, Bolsonaro defendeu medicamentos que não possuem evidências, questionou medidas de proteção com eficácia comprovada e fez previsões subestimadas do número de mortos pela infecção, e por isso a declaração é FALSA. A despeito das evidências da ineficácia, Bolsonaro continua a afirmar que o tratamento com o antimalárico hidroxicloroquina e com o antiparasitário ivermectina seria apropriado para o combate à doença, em especial se iniciado desde os primeiros sintomas. Já medidas comprovadamente eficazes, como o isolamento e as máscaras, são recorrentemente questionadas pelo presidente. Diversos estudos indicam que o distanciamento social têm um papel determinante na redução da transmissão do vírus, enquanto as máscaras diminuem as possibilidades de transmissão e contágio. Por fim, Bolsonaro em diversos momentos disse que a Covid-19 não seria mais letal do que a H1N1 ou disse que a pandemia estava "indo embora" quando, na verdade, as mortes ainda estavam aumentando. Um exemplo foi no dia 22 de março de 2020, quando o presidente disse que a infecção não era grave como diziam e que o número total de mortos no Brasil não chegaria a 796.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 2 VEZES. Em 2021: 08.nov. Em 2022: 15.jul.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

15.jul.2022

“Ninguém inventou isso, numa bola de cristal não teve, liga pra embaixadores de fora do Brasil, liga para médicos pelo Brasil, por que que na África Subsaariana não está morrendo ninguém de Covid? O povo tem o IDH lá embaixo. Tinha tudo pra morrer, porque está com seu organismo debilitado. Ah, porque tomavam um remédio lá pra combater a malária e para combater a cegueira dos rios. E, por coincidência, servia para aquilo também. ”

Ao defender o uso da hidroxicloroquina e de outros medicamentos, como a ivermectina, contra a Covid-19, Bolsonaro tem mencionado o suposto sucesso de países do continente africano, em especial da África Subsaariana, que, ao usar os remédios, evitariam a infecção pelo coronavírus. A declaração, no entanto, é insustentável, porque, além de haver evidências científicas que apontam que as drogas não são eficazes contra a Covid-19, há diversas teorias que explicam o baixo número de notificações no continente africano e nenhuma delas faz menção aos medicamentos. Em artigo publicado no site The Conversation, a equipe de pesquisadores sobre Covid-19 da Academia Africana de Ciências afirma que um dos fatores que podem explicar o baixo número de mortes é a idade geral da população, muito mais baixa do que a registrada em países europeus, por exemplo, onde a expectativa de vida é mais alta. Outro ponto são os baixos índices de testagem, que levam a uma subnotificação de casos e mortes. Há, ainda, a hipótese de que parte da população do continente tenha simplesmente uma resposta imune melhor do que a do restante do mundo por fatores genéticos ou pela exposição anterior a outros patógenos.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 30 VEZES. Em 2020: 04.set, 08.out, 19.out, 28.out, 29.out, 04.nov, 11.nov, 16.nov, 26.nov, 27.nov, 29.nov, 02.dez, 03.dez, 10.dez, 14.dez, 15.dez, 18.dez, 19.dez, 24.dez, 28.dez, 31.dez. Em 2021: 12.jan, 15.jan, 19.mar, 07.abr. Em 2022: 15.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

30.jun.2022

“Você pega a África abaixo do Saara. Lá, eles tomam ivermectina para combater a cegueira dos rios e tomam também hidroxicloroquina contra a malária. E como o número de óbitos era muito pequeno e o IDH é bem menor que o nosso, qual é a conclusão natural? Que isso daí servia de uma forma ou de outra para combater a Covid.”

Bolsonaro faz referência à reportagem "Por que a Covid não se espalhou pela África como era previsto? Cientistas também querem saber", publicada originalmente pelo New York Times e traduzida pelo jornal O Globo no dia 24 de março de 2022. Nela, pesquisadores discorrem sobre os possíveis motivos de a Covid-19 não ter tido um impacto tão significativo em países africanos, como era esperado no início da pandemia. São levantadas hipóteses relacionadas à idade média da população, que é de 19 anos, a baixa densidade populacional, a grande exposição ao ar livre e mesmo a imunidade cruzada com outros patógenos. Diferentemente do que sugere o presidente, no entanto, não são considerados como possíveis fatores o uso dos medicamentos ivermectina, aplicado no combate à cegueira dos rios, e hidroxicloroquina, usada no tratamento da malária. Ainda que sejam de fato comuns em países africanos, as drogas não têm eficácia contra a infecção causada pelo novo coronavírus. Enquanto a hidroxicloroquina já teve seu uso descartado por pesquisadores e autoridades de saúde do mundo todo, inclusive a OMS (Organização Mundial de Saúde), a ivermectina foi considerada ineficaz em estudos publicados recentemente em periódicos renomados, como o New England Journal of Medicine. Por esses motivos, a declaração foi classificada como FALSA.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 3 VEZES. Em 2022: 31.mar, 28.jun, 30.jun.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.jun.2022

“Eu mesmo tomei [cloroquina] quando fui contaminado.”

Bolsonaro faz referência à hidroxicloroquina, que afirma ter usado quando teve Covid-19. No entanto, o presidente nunca apresentou receituário que comprove que de fato tomou o medicamento. O Aos Fatos chegou a requisitar o documento de prescrição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas teve o pedido negado pela Secretaria de Comunicação, que alegou que "as informações individualizadas sobre o assunto dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas".

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REPETIDA 95 VEZES. Em 2020: 28.out, 29.out, 11.nov, 12.nov, 16.nov, 26.nov, 29.nov, 02.dez, 14.dez, 15.dez, 19.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 23.fev, 04.mar, 08.mar, 10.mar, 11.mar, 18.mar, 19.mar, 25.mar, 07.abr, 15.abr, 16.abr, 22.abr, 23.abr, 28.abr, 05.mai, 06.mai, 13.mai, 14.mai, 20.mai, 27.mai, 03.jun, 09.jun, 11.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 19.jul, 22.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 05.ago, 17.ago, 23.ago, 27.ago, 28.ago, 30.ago, 05.set, 10.set, 16.set, 21.set, 23.set, 24.set, 27.set, 30.set, 05.out, 07.out, 21.out, 26.out, 27.out, 05.nov, 08.nov, 23.nov, 25.nov, 07.dez, 09.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 06.jan, 17.jan, 25.mai, 28.jun, 30.jun, 27.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.jun.2022

“Mas eu acredito que muitas mortes poderiam ter sido evitadas com o tratamento inicial.”

A declaração de Bolsonaro é FALSA porque, na época em que ele defendia o chamado “tratamento precoce”, não havia nenhum estudo que comprovasse a eficácia de qualquer medicamento para tratar a Covid-19. O presidente, em 2020 e 2021, defendeu inúmeras vezes o uso de medicações como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina contra o novo coronavírus, mas esses remédios até hoje não se mostraram eficazes contra a doença. Outros medicamentos, porém, são considerados úteis contra a doença, tanto na fase inicial como em situações graves. Um exemplo são os anticorpos monoclonais criados em laboratório, cujos estudos mostraram eficácia de 83% em evitar doenças sintomáticas. Outros remédios, como baricitinibe e remdesivir também se provaram benéficos em casos graves. Vale ressaltar que as vacinas continuam sendo o método mais recomendado para prevenir a Covid-19.

LEIA MAIS FONTE ORIGEM

REPETIDA 33 VEZES. Em 2020: 21.nov, 29.nov, 10.dez, 31.dez. Em 2021: 04.jan, 07.jan, 14.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 01.mar, 10.mar, 18.mar, 09.jun, 10.jun, 18.jun, 24.jun, 22.jul, 17.ago, 05.out, 07.out, 14.out, 23.nov. Em 2022: 30.jun.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.jun.2022

“E baseado nos estudos de fora do Brasil, muitas mortes podiam ter sido evitadas no Brasil se a mídia tradicional não tivesse colocado tanta pressão contra o tratamento inicial.”

A declaração de Bolsonaro é FALSA porque, na época em que ele defendia o chamado “tratamento precoce”, não havia nenhum estudo que comprovasse a eficácia de qualquer medicamento para tratar a Covid-19. O presidente, em 2020 e 2021, defendeu inúmeras vezes o uso de medicações como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina contra o novo coronavírus, mas esses remédios até hoje não se mostraram eficazes contra a doença. Outros medicamentos, porém, são considerados úteis contra a doença, tanto na fase inicial como em situações graves. Um exemplo são os anticorpos monoclonais criados em laboratório, cujos estudos mostraram eficácia de 83% em evitar doenças sintomáticas. Outros remédios, como baricitinibe e remdesivir também se provaram benéficos em casos graves. Vale ressaltar que as vacinas continuam sendo o método mais recomendado para prevenir a Covid-19.

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REPETIDA 33 VEZES. Em 2020: 21.nov, 29.nov, 10.dez, 31.dez. Em 2021: 04.jan, 07.jan, 14.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 01.mar, 10.mar, 18.mar, 09.jun, 10.jun, 18.jun, 24.jun, 22.jul, 17.ago, 05.out, 07.out, 14.out, 23.nov. Em 2022: 30.jun.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

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