“Tem um estudo do CDC, que é a Anvisa americana, que nós levantamos, é verdadeiro, a cada um milhão de crianças, uma morre por Covid. Desse 1 milhão, 179 pode desenvolver, no coração, miocardite [após a vacinação].”
Bolsonaro argumentava que a vacinação de crianças contra Covid-19 não compensa o risco que traz quando mencionou um estudo que apontaria o desenvolvimento de miocardites em crianças imunizadas. A declaração foi classificada como IMPRECISA, porque a pesquisa, apesar de indicar a possibilidade de desenvolvimento da doença, conclui que os benefícios da vacina são superiores a esse risco. Publicado pela FDA (órgão regulador de medicamentos dos EUA) – e não pelo CDC, como mencionado por Bolsonaro –, o estudo faz estimativas de risco de miocardite em diferentes cenários de distribuição do imunizante. Não se trata, portanto, de registros de casos, mas uma projeção baseada em ocorrências suspeitas. A estimativa de 179 casos de miocardite aparece em cinco cenários em que apenas meninos de 5 a 11 anos seriam vacinados. De acordo com os pesquisadores, “considerando as diversas implicações clínicas da hospitalização por Covid-19 versus a eventual hospitalização por miocardite/pericardite, e os benefícios relacionados à prevenção de casos de Covid-19 não hospitalizados, com mortalidade significativa, os benefícios gerais da vacina ainda podem superar os riscos". Em nota técnica publicada neste mês, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também destacou que o risco de desenvolvimento da doença é 16 vezes maior entre indivíduos que tiveram Covid-19 do que em não infectados.
REPETIDA 2 VEZES. Em 2021: 30.dez. Em 2022: 12.jan.