“Desse modo [com o fim do Programa Mais Médicos], nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana US$ 300 milhões todos os anos.”
A declaração é INSUSTENTÁVEL, porque, apesar de estarem disponíveis no Portal da Transparência os gastos anuais com a implementação do Mais Médicos, não há detalhamento de quanto era enviado ao governo cubano por ano. No contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), órgão da ONU que atuou como intermediário no envio de recursos do Mais Médicos, ficou estabelecido que uma parcela da bolsa concedida aos profissionais que trabalhassem no Brasil seria repassada ao governo de Cuba. No termo técnico que implementou o programa, no entanto, não existem números oficiais sobre o percentual do salário repassado. Apenas é determinado que 5% dos recursos seriam retidos pela Opas para saldar custos operacionais. Uma estimativa próxima à apresentada por Bolsonaro foi feita pelo economista cubano Mauricio de Miranda Parrondo, professor titular da Pontifícia Universidade Javeriana de Cali, na Colômbia, e apresentada em matéria da BBC Brasil. De acordo com Parrondo, o regime cubano deveria perder US$ 332 milhões por ano com o fim do Mais Médicos. O economista, no entanto, não apresenta a metodologia usada no cálculo.
REPETIDA 2 VEZES. Em 2019: 24.set. Em 2022: 18.abr.