“E depois [a jornalista Miriam Leitão] conta um drama todo mentiroso de que ela teria sido torturada, sofreu abuso. Mentira.”
Segundo relato de Miriam Leitão ao Observatório da Imprensa, ela foi presa, agredida, obrigada a ficar nua na frente de soldados e chegou a ficar sozinha, em uma sala escura, com uma jiboia. O tenente-coronel reformado Paulo Malhães, citado por Miriam em seu relato, confessou a técnica de tortura com cobra em entrevista a O Globo. O relatório final da Comissão Nacional da Verdade também afirma que “A jornalista Miriam Leitão foi uma das vítimas de tortura com animais, incluindo a utilização de uma jiboia pela equipe de interrogatório do DOI-CODI do I Exército, comandada pelo coronel Paulo Malhães”. Outro trecho do relatório diz que, “no tocante às vítimas, há depoimentos que atestam a ocorrência de tortura no local, como o de Míriam de Azevedo Almeida Leitão, prestado em maio de 1973 em auditoria da Aeronáutica da 1a Circunscrição Judiciária Militar: ‘[...] que as pessoas que procediam os interrogatórios, soltavam cães e cobras pra cima da interrogada, que por vários dias ficou sem alimentação alguma’.” A declaração de Bolsonaro, portanto, foi classificada como FALSA.