“Agora, é um sistema [urna eletrônica] que desconheço no mundo onde ele seja utilizado. Só isso, mais nada.”
A exemplo do que fez em 2018 durante a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro volta a questionar a lisura do processo eletrônico de votação, agora diante da derrota de aliados políticos apoiados nas eleições municipais. A informação de que esse sistema é único no mundo, no entanto, é FALSA: tanto o TSE quanto o Idea (International Institute for Democracy and Electoral Assistance) mostram que vários países utilizam o voto eletrônico em suas eleições, nas mais diversas formas. Em texto publicado em 2018, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lista 32 países que utilizavam o voto eletrônico. São exemplos Suíça, Canadá, Austrália, México, Peru, Japão, Coréia do Sul e até os Estados Unidos, em alguns dos estados. A diferença é que o Brasil “é um dos poucos países que conseguiram expandir a votação eletrônica à quase totalidade dos eleitores”. Mas, mesmo assim, não é verdade que o sistema brasileiro é único no mundo. O Idea também traz os dados referentes ao voto eletrônico no mundo inteiro. De acordo com essa base, utilizam esta tecnologia em eleições nacionais Honduras, Venezuela, França, Iraque, Emirados Árabes, Namíbia, Armênia, Quirguistão, Estônia e Nova Zelândia. Além disso, muitos outros países utilizam o voto eletrônico em eleições subnacionais.
REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 13.nov, 29.nov, 15.dez, 19.dez. Em 2021: 07.jan, 06.mai.