“O Foro de São Paulo é aquele grupo criado nos anos 90 com vários atores da América do Sul para tratar daquele grande acordo que os países, entes de esquerda, entidades como o grupo terrorista Farc. As Farc fez parte naquele momento também. Os países se ajudando de modo que todos eles pudessem chegar um dia à presidência e transformassem a América do Sul na grande pátria bolivariana deles.”
Não existe nenhum indício de que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) integraram formalmente o Foro de São Paulo. No livro “Foro de São Paulo: construindo a integração Latinoamericana e Caribenha”, de Roberto Regalado e Valter Pomar, não há nenhum registro de que as Farc participaram dos encontros de fundação do grupo. A Colômbia foi representada por dois partidos: o Partido Comunista Colombiano e a União Patriótica. As Farc são citadas no documento, no entanto, como tema discutido pelo Foro. Um dos objetivos da organização era tentar dialogar com a guerrilha para que o governo e as Farc chegassem a um “acordo que ajude a pôr fim a uma guerra que dura mais de 40 anos”. Há, porém, indícios que apontam para a participação de ao menos um membro da guerrilha em um dos encontros do Foro, em 1996, em El Salvador, o que não prova que o grupo integrou o Foro, mesmo como convidado. Em 2003, Raul Reyes, considerado porta-voz e “número 2” das Farc, disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, ter se encontrado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na edição do Foro em San Salvador. E, em 2008, ao comentar a morte de Reyes em um bombardeio na selva equatoriana, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lembrou que o conheceu durante a edição do Foro de São Paulo realizada na capital de El Salvador. Entretanto, na gravação, exibida originalmente pela TV estatal venezuelana, Chávez erra o ano do evento ao dizer que seu relato se passou em 1995, e não em 1996.
REPETIDA 6 VEZES. Em 2019: 21.mar, 21.out, 11.nov. Em 2022: 23.jun, 26.jun, 30.ago.