“Dos 5 procuradores do Ministério Público que entraram em ação contra ele [Luciano Hang], 3 tinham lá em suas mídias sociais o 'Ele Não'.”
Para se defender da denúncia de assédio moral apresentada pelo Ministério Público (por interferir nos votos dos trabalhadores), o dono da rede de lojas de departamentos Havan, Luciano Hang, alegou perseguição política. Ele usou para isso um parecer elaborado por um perito em crimes digitais. O documento mostrava que, cinco dos sete responsáveis pelo ajuizamento da ação, possuem algum grau de militância virtual a favor da “agenda esquerdista”, mas, em nenhum momento, indica que qualquer um dos procuradores tenha feito postagens mencionando "Ele não", hashtag usada por opositores ao então presidenciável Bolsonaro. Apenas um dos procuradores mencionados curtiu no Twitter um postagem crítica a Bolsonaro e nenhum dos procuradores postou conteúdo contra Bolsonaro. A maior parte das atividades consideradas "militância virtual de esquerda" eram curtidas a páginas de políticos de esquerda, sites de esquerda ou de personalidades criticas à Bolsonaro, como o jornalista Ricardo Noblat. Uma das procuradoras era signatária de um “manifesto contra o golpe”, que circulou durante o impeachment de Dilma Roussef. Em outubro de 2018, a Justiça do Trabalho determinou que o dono da Havan divulgasse um vídeo afirmando que seus funcionários são livres para votar no candidato que desejarem. Em setembro, Hang fez um vídeo afirmando que demitiria todos os funcionários caso Jair Bolsonaro (PSL) não seja eleito.