“Ninguém consegue explicar porque essa investigação não chegou ao fim com tantos elementos na sua frente.”
Ao manifestar que tem expectativa de que a Polícia Federal descubra quem foi o mandante do atentado à faca que sofreu em 2018, Bolsonaro desinforma e é contraditório, porque ele mesmo decidiu não levar adiante o processo contra Adélio Bispo. O agressor foi considerado pela Justiça inimputável por ser portador de Transtorno Delirante Persistente e sentenciado em junho de 2019 à internação em um hospital de custódia por tempo indeterminado, até que seja comprovado que não apresenta mais risco à sociedade. Tanto o Ministério Público Federal quanto a defesa do presidente poderiam apresentar recurso à decisão do juiz, mas não o fizeram, e o processo foi encerrado. Bolsonaro também não leva em consideração a investigação feita pela PF, que, nos dois inquéritos sobre o caso, chegou à conclusão de que Adélio planejou e executou a facada sozinho. Uma manifestação do Ministério Público Federal de junho de 2020 também confirma essa conclusão. O que resta agora é apenas uma definição sobre o pedido de quebra de sigilo de seu advogado. Requisitado pela AGU (Advocacia-Geral da União), o julgamento sobre a liberação dos dados chegou a ser iniciado no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) em 2019, mas foi remetido ao STF em março de 2020. Em novembro de 2021, a investigação foi retomada porque o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) liberou o acesso a informações obtidas em quebra de sigilo bancário do ex-advogado de Bispo, Zanone Júnior, e em operação de busca e apreensão no seu escritório, mas não há atualizações sobre o caso até o momento.
REPETIDA 10 VEZES. Em 2020: 24.abr. Em 2021: 04.mar, 14.mai. Em 2022: 04.jun, 05.jun, 30.jun, 18.jul, 02.set.