“O desmatamento em Terras Indígenas da Amazônia Legal teve queda de 33,46 % entre 2019 e 2021, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.”
Ainda que a área desmatada em terras indígenas tenha de fato decrescido nos anos de 2020 e 2021, Bolsonaro omite que em seu primeiro ano de governo os números haviam mais que dobrado em relação ao governo anterior. Em 2018, último ano de Michel Temer (MDB) na Presidência, o incremento no desmatamento em terras indígenas foi de 180,6 km², segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em 2019, primeiro ano de Bolsonaro, o número saltou para 423,8 km² — o maior desde 2004, no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Já em 2020, a área desmatada foi um pouco menor, de 326 km², e, em 2021, de 312 km². O índice de desmatamento de 2021 é 26,4% menor em relação ao de 2019. Os 312 km² desmatados em 2021 superam os maiores índices registrados nos governos de Temer (180,59 km²) e Dilma Rousseff (95,28 km²), mas ficam abaixo dos 471,76 km² alcançados durante o primeiro mandato de Lula, em 2004.