Vídeo de Trump pedindo liberação de reféns do Hamas é de julho, não pós-eleição

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Não é recente o vídeo em que Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos na última terça-feira (5), pede a libertação de israelenses feitos reféns pela grupo extremista palestino Hamas, como afirmam publicações nas redes. A declaração ocorreu em julho deste ano durante a Convenção Nacional do Partido Republicano.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 35 mil curtidas no Instagram e milhares de visualizações no TikTok até a tarde desta quinta-feira (7).

Em um dia fez mais pelo conflito no oriente médio do que os wokes da Casa Branca e da Europa. E Trump alerta que é melhor devolverem os reféns, no tom compatível com a de presidente dos EUA.

Publicações compartilham discurso de Trump feito em julho como se tivesse ocorrido um dia após o resultado das eleições presidenciais

Uma declaração de Donald Trump feita durante a Convenção Nacional Republicana, em julho deste ano, tem circulado nas redes como se tivesse sido feita horas após a vitória do republicano nas eleições presidenciais americanas.

Por meio de busca reversa, Aos Fatos encontrou a fala original e constatou que ela ocorreu em 19 de julho deste ano, e não nas horas seguintes à divulgação do resultado, entre terça (5) e quarta-feira (6).

“Nós queremos nossos reféns de volta e é melhor que eles estejam de volta antes que eu assuma o mandato, ou vocês pagarão muito caro”, ameaçou o então candidato à Presidência dos Estados Unidos.

Desde a oficialização da vitória eleitoral, na terça-feira (5), Trump ainda não fez menções ao Hamas ou aos reféns israelenses. Em discurso, o presidente eleito apenas afirmou que “irá pôr fim às guerras”.

As famílias dos americanos mantidos reféns em Gaza, por sua vez, já divulgaram um pedido de colaboração entre Trump e o atual presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, para garantir a libertação das pessoas sequestradas e “acabar com esse pesadelo para as famílias dos reféns, Israel e os civis de Gaza”.

O caminho da apuração

Por meio de busca reversa de imagens, Aos Fatos encontrou o vídeo compartilhado nas redes e constatou que a declaração foi feita em julho deste ano, e não nas 24 horas seguintes à divulgação do resultado das eleições presidenciais americanas. Também consultamos o noticiário para contextualizar a verificação.

Referências

  1. CNN Brasil (1 e 2)

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