🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo sobre afastamento de auditores fiscais por Moraes não é recente, mas de 2019

Por Priscila Pacheco

20 de agosto de 2021, 12h48

Foi gravado em agosto de 2019 um vídeo em que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) critica o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pelo afastamento de dois auditores fiscais, diferentemente do que indicam postagens recentes nas redes sociais (veja aqui). A decisão foi revogada pelo próprio ministro em novembro de 2019, o que as publicações omitem.

As postagens enganosas contam com ao menos 30.256 compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (20) e foram sinalizadas como desinformação na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona). No YouTube, o conteúdo postado há alguns dias já ultrapassa 501 mil visualizações.


Postagens enganam ao compartilhar, sem o devido contexto, um vídeo de 2019 em que o deputado Elias Vaz (PSB-GO) critica a suspensão das investigações da Receita Federal sobre 133 contribuintes e o afastamento de auditores fiscais, determinados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A decisão de afastar dois servidores foi revogada pelo magistrado em novembro daquele ano, o que os posts checados omitem.

Em 1º de agosto de 2019, Moraes determinou que a Receita Federal suspendesse todas as investigações secretas da Equipe Especial de Programação de Combate a Fraudes Tributárias sobre os contribuintes e o afastamento dos dois servidores apontados como suspeitos de irregularidades. Segundo o ministro, havia “graves indícios de ilegalidade no direcionamento das apurações em andamento” e os auditores romperam sigilos. A ação integrava o inquérito das "fake news" no STF.

Em novembro de 2019, Moraes autorizou que os auditores retornassem ao trabalho. No ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que havia falhas da Receita Federal na proteção dos dados obtidos durante os processos de fiscalização que permitiram o vazamento de informações sigilosas.

A peça de desinformação também foi checada pela Agência Lupa.

Referências:

1. Facebook Elias Vaz
2. Poder 360
3. Conjur
4. Agência Brasil (Fontes 1 e 2)
5. Folha de S. Paulo


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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