🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo que mostra policiais cantando hino nacional com caminhoneiros é de 2018, não atual

Por Marco Faustino

1 de novembro de 2022, 17h31

Um vídeo que mostra policiais cantando o hino nacional junto a caminhoneiros ajoelhados em uma estrada não é recente nem tem relação com os bloqueios de motoristas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas estradas após a derrota nas eleições, como fazem crer publicações nas redes sociais. O registro foi feito em Rondônia em 2018, ainda na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), durante a greve de caminhoneiros deflagrada na época.

Publicações com o contexto enganoso acumulavam 30 mil compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (1°) e circulam também no Kwai e no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo não é bem assim

Foi gravado em 2018, não recentemente, um vídeo em que oficiais do Exército e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) cantam o hino nacional junto a motoristas ajoelhados em uma estrada bloqueada por caminhões. As imagens foram feitas em 28 de maio daquele ano, em um trecho da BR-174, em Boa Vista (RO). Na época, motoristas autônomos protestavam contra a alta nos preços dos combustíveis e pelo fim de impostos sobre o diesel.

A cena retrata o momento em que militares e policiais federais chegaram ao local para desbloquear a via e pararam para cantar o hino nacional com os manifestantes. Nas greves de 2018, virou hábito entre caminhoneiros de diferentes regiões do país entoar o hino às 18h, o que aconteceu em Rondônia e em Sergipe, por exemplo.

Nos últimos dias, manifestantes bolsonaristas passaram a bloquear estradas e avenidas do país por não aceitar a derrota do presidente na eleição. Nesta segunda, o Aos Fatos mostrou como influenciadores já incitavam bloqueios em estradas no Telegram e no YouTube antes mesmo do segundo turno.

Referências:

1. YouTube (Fontes 1 e 2)
2. O Globo
3. Jornal Caminhoneiro
4. Folha BV
5. Veja
6. TSE
7. Aos Fatos

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