O homem que aparece em vídeo sendo preso em um restaurante não participou dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, como é disseminado em posts que o identificam de forma falsa como o homem que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). As imagens mostram a prisão de Fernando Luiz Doval Junior, investigado por tráfico internacional de drogas. Ele estava foragido em Orlando (Estados Unidos) no dia dos ataques golpistas e foi capturado uma semana depois, no Rio de Janeiro, pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
Até esta quinta-feira (19), a publicação com o conteúdo enganoso havia alcançado 16.400 compartilhamentos no Facebook, 6.000 curtidas no Instagram e 50 mil visualizações no TikTok, além de também circular no WhatsApp, plataforma em que não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Vagabundo golpista foragido, que sentou na cadeira do Xandão, sendo preso.
Um vídeo que circula nas redes não mostra a prisão de um manifestante golpista que teria sentado na cadeira do ministro do STF Alexandre de Moraes durante os ataques de 8 de janeiro. Trata-se, na verdade, do registro da ação de agentes à paisana da Polícia Civil do Rio Grande do Sul para prender um suspeito de tráfico de drogas em um restaurante no Rio de Janeiro, no domingo passado (15).
Fernando Luiz Doval Junior é investigado pela Interpol por tráfico internacional e distribuição de armas e drogas no Sul do país. No dia dos ataques a Brasília, ele estava foragido em Orlando, nos Estados Unidos, como informou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O grupo apontado de ser comandado por Duval é investigado desde 2021. Na época, foram presas seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha investigada por transportar drogas do Paraguai para o Rio Grande do Sul.
De acordo com reportagem do Fantástico, da Globo, o homem que aparece em vídeo dizendo que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante os atos de vandalismo em Brasília se chama Fábio Alexandre de Oliveira, morador de Penápolis (SP). Outras publicações enganosas associam a imagem do golpista a outras pessoas, como um ativista do Complexo do Alemão, conforme checou o UOL.