Vídeo de policiais no Congresso foi gravado em 2017, não após o segundo turno

Um vídeo que circula nas redes sociais em que policiais aparecem dentro do Congresso Nacional não é recente nem tem relação com a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição do dia 30 de outubro, como afirmam postagens. As imagens foram gravadas em 2017 e mostram um protesto de agentes de segurança contra a reforma da Previdência. O Congresso Nacional não foi invadido após o segundo turno do pleito presidencial.

Publicações que difundem o vídeo com a alegação enganosa acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (1°) e circulam também no Telegram e no WhatsApp, no qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).

Foi gravado em 2017, não recentemente, o vídeo que mostra policiais dentro do Congresso Nacional e que circula nas redes sociais com a frase “Lula nunca mais”. As imagens foram gravadas no dia 8 de fevereiro daquele ano, em um protesto de agentes de segurança pública contra a reforma da Previdência. Na época, o texto incluía policiais civis e federais em uma nova regra, que, mais tarde, foi retirada da reforma. Não há registros de qualquer invasão recente de agentes de segurança ao Congresso Nacional.

Os policiais não protestaram na Câmara dos Deputados apenas naquele mês. Em abril de 2017, cerca de mil agentes de segurança protestaram novamente no Congresso. Em 2020, Aos Fatos também checou peças que difundiam o vídeo como tendo sido gravado naquela época.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República neste domingo (30) com 50,90% dos votos válidos contra 49,10% do presidente Jair Bolsonaro (PL). A diferença entre ambos foi de 2.139.503 votos — a menor da história entre candidatos que disputaram o pleito. Durante a semana, manifestantes bolsonaristas que pediam que o resultado da eleição não fosse reconhecido fizeram centenas de bloqueios em estradas pelo país.

Referências:

1. Câmara dos Deputados
2. Aos Fatos (Fontes 1 e 2)
3. G1 (Fontes 1 e 2)
4. TSE
5. O Globo