Vídeo de apresentação de pole dance na cruz foi gravado nos EUA, não em São Paulo

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Não é verdade que um vídeo que mostra uma apresentação de pole dance realizada em uma representação da cruz cristã tenha sido gravado durante a Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo no último domingo (11), como afirmam publicações nas redes. O registro, na verdade, foi feito na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em abril deste ano, e mostra uma performance ocorrida durante um evento tradicional da comunidade LGBTQIA+.

Publicações com a alegação enganosa somavam 50 mil visualizações no Tik Tok nesta terça-feira (13). As peças de desinformação circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

O desrespeito aos cristãos no Brasil. Essa foi a ‘apresentação cultural’ que a comunidade LGBT+ decidiu fazer a Jesus Cristo na Parada Gay 2023 em São Paulo

Posts difundem vídeo gravado nos EUA em abril como se tivesse sido registrado durante a Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo

Publicações nas redes têm compartilhado um vídeo de uma performance ocorrida em abril, nos Estados Unidos, como se tivesse sido registrado durante a Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo no último domingo (11). A gravação, que mostra uma apresentação de pole dance feita em uma representação da cruz cristã, foi registrada durante um evento chamado Hunky Jesus (Jesus bonitão, em tradução livre), que ocorreu em um parque da cidade de São Francisco, em 9 de abril.

O evento, realizado anualmente durante a Páscoa desde 1995 pela organização LGBTQIA+ Sisters of Perpetual Indulgence, reúne uma série de performances e um concurso de fantasias com temática religiosa. Por meio de busca na imprensa, o Aos Fatos não localizou qualquer apresentação semelhante à ocorrida nos Estados Unidos durante a Parada do Orgulho LGBT+ que ocorreu no último domingo (11) na capital paulista.

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Nas Redes Foto é adulterada para mostrar camiseta com dizeres ‘crianças trans são sexy’

Desde o último fim de semana, usuários nas redes têm compartilhado peças de desinformação que usam imagens falsas ou descontextualizadas para disseminar ódio contra a comunidade LGBTQIA+. O Aos Fatos desmentiu, por exemplo, uma publicação que compartilhava uma foto adulterada para sugerir que um homem teria usado uma camiseta com os dizeres “crianças trans são sexy” em uma Parada do Orgulho LGBT+.

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