Não é verdade que um vídeo que mostra um trem transportando veículos militares foi gravado no Brasil, como dizem postagens que circulam nas redes sociais (veja aqui). O registro foi feito em Clarington, no Canadá, e está disponível em um canal do YouTube ao menos desde 30 de agosto de 2012. A peça de desinformação afirma, de forma enganosa, que tanques de guerra estão sendo direcionados para “campos estratégicos do Brasil” antes das manifestações bolsonaristas de 7 de setembro.
A postagem enganosa conta com ao menos 1.200 compartilhamentos nesta segunda-feira (6) no Facebook e foi marcada com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (Saiba como funciona).
Tanques de guerra do exército sendo transportado em uma locomotiva do Brasil, para os campos estratégicos do país no Brasil, neste dia 7 de setembro. Será dessa vez?
Circula nas redes sociais um vídeo de um trem transportando veículos militares cuja legenda diz se tratar de movimentação do Exército brasileiro para os atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados para 7 de setembro, o que não é verdade. O vídeo foi gravado em Clarington, cidade localizada na província de Ontário, no Canadá, e está disponível na internet ao menos desde 30 de agosto de 2012.
O trem que aparece na gravação pertence à CN (Canadian National Railway), empresa pública canadense que não opera no Brasil. O vídeo original tem dois minutos e mostra os veículos sendo transportados em vagões abertos. Aos Fatos não descobriu qual era o destino original da locomotiva canadense.
Aos Fatos entrou em contato com o Exército para verificar se houve algum deslocamento de veículos militares pelas ferrovias do Brasil, mas não teve retorno até a publicação desta checagem. Até o momento, as Forças Armadas não fizeram nenhum comunicado oficial sobre as manifestações marcadas para acontecer em diversas capitais do país. Neste ano, o Ministério da Defesa cancelou os desfiles oficiais de Sete de Setembro, que normalmente contam com contingente militar, por causa da pandemia de Covid-19.
A postagem enganosa também foi checada pela Agência Lupa.