🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Setembro de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo de queima controlada é tirado de contexto para atribuir a brigadistas do ICMBio incêndios no Pantanal

Por Luiz Fernando Menezes

16 de setembro de 2020, 13h18

Um vídeo em que brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) ateiam fogo a um pasto para impedir que um incêndio avançasse sobre uma área preservada do Pantanal circula nas redes sociais como se eles fossem os responsáveis pelo fogo que se alastra pela região (veja aqui).

Na queima controlada, técnica mostrada na gravação, o fogo é usado em uma pequena área, de maneira programada e monitorada, para eliminar a matéria orgânica seca. Assim, é possível reduzir o combustível das queimadas ilegais e impedir seu avanço.

Foi o que aconteceu na situação mostrada nas imagens: os brigadistas do instituto aplicaram a manobra nos dias 12 e 13 para impedir que um incêndio em Cáceres (MT) atingisse a Estação Ecológica de Taiamã. A ação foi bem-sucedida, segundo o ICMBio.

No Facebook, posts com o vídeo e legendas como “tem que ir para a cadeia” e “vamos deixar eles famosos” reuniam ao menos 70 mil compartilhamentos nesta quarta-feira (16) e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação (saiba como funciona).


FALSO

Um vídeo que mostra uma queima controlada feita por brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) no fim de semana para impedir o avanço de um incêndio sobre a Estação Ecológica de Taiamã (MT) circula nas redes fora de contexto, atribuindo aos agentes a responsabilidade pelo fogo que se alastra pelo Pantanal.

De acordo com o ICMBio, a técnica mostrada na gravação é empregada justamente “para eliminar a matéria orgânica seca, de maneira programada e monitorada, e assim reduzir o combustível das queimadas” ilegais.

As imagens registram o trabalho dos brigadistas no combate aos incêndios florestais no Pantanal na cidade de Cáceres (MT). Na ocasião, a queima controlada - ou de expansão - foi adotada com sucesso e a estação continua protegida das chamas.

Em junho, o Aos Fatos checou uma peça de desinformação semelhante a esta. Na ocasião, um vídeo em que fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) colocavam fogo na mata de um acostamento de rodovia no Maranhão circulou como se fosse um princípio de queimada ilegal. As chamas, no entanto, eram preventivas.

Referências:

1. ICMBio
2. Aos Fatos


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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