Vídeo em que jornalista da TV Cultura arremessa celular é antigo e não tem relação com Marçal

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Não é verdade que um vídeo utilizado em posts enganosos mostra o momento em que Leão Serva, mediador do debate da TV Cultura exibido na segunda-feira (16), briga com um apoiador de Pablo Marçal (PRTB). A gravação ocorreu em 2022 após o debate entre candidatos ao governo de São Paulo, quando o jornalista agiu para defender a colega Vera Magalhães de agressões verbais feitas pelo então deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP).

Publicações com a alegação enganosa acumulavam ao menos 32 mil curtidas no Instagram e mais de 1.000 visualizações no Kwai até a tarde desta quarta-feira (18).

Depois falam que a mídia é imparcial. Olha a atitude do apresentador do debate da TV Cultura. Apresentador do debate da TV Cultura briga com apoiador de Marçal

Posts usam vídeo antigo de Leão Serva como se fosse recente e tivesse relação com Pablo Marçal

O vídeo que mostra o jornalista Leão Serva arremessando o celular de um homem não foi gravado após o debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo exibido pela TV Cultura na segunda-feira (16). As peças enganosas que circulam nas redes alegam ainda que o alvo teria sido um apoiador de Pablo Marçal, o que também é falso.

O episódio ocorreu no dia 13 de setembro de 2022 depois de um debate com candidatos ao governo de São Paulo. O homem que as publicações enganosas apontam ser um apoiador de Marçal é, na verdade, o então deputado estadual Douglas Garcia.

Serva participou dos dois debates como mediador.

No momento registrado pelo vídeo, no debate de 2022, Garcia hostilizava a jornalista Vera Magalhães e gravava a cena com o próprio celular. Além de chamá-la de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, ele repetia informações falsas sobre a remuneração de Magalhães.

Para proteger a colega dos ataques, Serva pegou o celular que estava nas mãos de Garcia e o arremessou para longe. Ele afirmou em entrevista que essa era “a única forma possível de afastá-lo [Garcia] da lacração”.

O caminho da apuração

As próprias peças enganosas indicavam, em letras pequenas, que a gravação havia ocorrido em setembro de 2022. Para contextualizar o caso e confirmar a informação da data, Aos Fatos procurou informações sobre o episódio na imprensa.

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