🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

STM e Defesa não provaram fraude eleitoral nem intimaram Moraes

Por Priscila Pacheco

4 de novembro de 2022, 16h07

Não é verdade que o STM (Superior Tribunal Militar) ou o Ministério da Defesa comprovaram em relatório que houve fraude nas eleições e deram 72 horas para o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, se explicar. As cortes eleitoral e militar, bem como a pasta do Executivo, desmentiram as alegações que circulam nas redes sociais com esse teor. Não há provas de que o pleito encerrado no domingo (30) foi fraudulento.

As afirmações falsas circulam no Twitter, no Facebook, no WhatsApp e no Telegram nesta sexta-feira (4) (fale com a Fátima).


Selo falso

Postagem mente ao dizer que existe um relatório do Exército que comprova fraude eleitoral e que STM deu 72 horas para o ministro Alexandre de Moraes dar explicações

O STM (Superior Tribunal Militar) não convocou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, a dar explicações sobre fraudes nas urnas ao obter uma “auditoria do Exército”, como afirmam postagens nas redes sociais.

A corte militar afirmou que não recebeu nenhum documento nem convocou o ministro. Haverá um relatório produzido pelas Forças Armadas sobre as eleições, mas ainda não está pronto: segundo o Ministério da Defesa, será divulgado em até 30 dias depois do fim do trabalho de fiscalização.

O TSE disse que não recebeu nenhum documento, e nega a existência de indícios de que o pleito foi fraudulento. Além disso, não há registro de fraude nas eleições de 2022: na noite de domingo (30), o TCU (Tribunal de Contas da União) apresentou dados preliminares da avaliação de uma auditoria de 604 boletins de urnas que mostrou que não há nenhum tipo de divergência.

Uma comissão de observadores internacionais também não encontrou indícios de manipulação, assim como a OEA (Organização de Estados Americanos) concluiu pela inexistência de fraudes, apesar do contexto violento e da polarização política.


Selo falso

Falso ofício é usado para afirmar que há provas sobre fraude eleitoral


É falso que um ofício assinado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, intimou o ministro Alexandre de Moraes a explicar as “provas e evidências de violação das urnas eletrônicas” em até 72 horas. O Ministério da Defesa afirmou que o ofício disseminado nas redes não é de autoria da pasta nem das Forças Armadas, e o TSE também disse que não recebeu nenhum documento. O STF (Supremo Tribunal Federal) negou a existência do ofício.

Aos Fatos checou outra peça de desinformação que atribuiu ao ministro da Defesa uma alegação falsa sobre fraude nas urnas: uma entrevista em que as opiniões de um homem não identificado sobre as eleições são atribuídas ao titular da pasta.

Até o momento da publicação desta checagem, o ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira não se manifestou contrariamente ao resultado das eleições.

Referências:

1. TCU
2. CNN Brasil
3. TSE
4. OAS

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