🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Setembro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Reportagem do Jornal Hoje sobre aumento da pobreza foi veiculada em 2018, não em governos do PT

Por Priscila Pacheco

23 de setembro de 2022, 12h00

Um trecho do Jornal Hoje, da Globo, em que a apresentadora Sandra Annenberg diz que 2 milhões de pessoas entraram na linha da pobreza circula nas redes fora de contexto para associar o dado aos governos do PT (veja aqui). Porém, a reportagem foi exibida em dezembro de 2018 e mostra levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o aumento da desigualdade em 2017, ano em que o presidente da República era Michel Temer (MDB).

As postagens enganosas contam com ao menos 60 mil compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (22).


Selo falso

No tempo do PT era assim mas tem gente que não lembra mas nós mostramos de novo.

Vídeo do Jornal Hoje tem foto de Lula inserida para responsabilizar somente o PT pelo aumento da pobreza

Não se refere a dados divulgados durante os governos petistas o vídeo em que Sandra Annenberg, ex-apresentadora do Jornal Hoje, da Globo, fala sobre o avanço da pobreza no Brasil. O trecho compartilhado foi tirado da abertura do Jornal Hoje do dia 5 de dezembro de 2018, em que a apresentadora Sandra Annenberg fala que 2 milhões de pessoas entraram para a linha da pobreza no ano anterior, 2017. Nesses dois anos, o presidente da República era Michel Temer (MDB), que assumiu o cargo após a deposição de Dilma Rousseff (PT), em agosto de 2016.

O dado divulgado na reportagem é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a instituição, em 2017, o total de habitantes vivendo no Brasil com menos de R$ 406 por mês era de 54,8 milhões, ante 52,8 milhões em 2016. Já a população em situação de extrema pobreza passou de 13,5 milhões para 15,2 milhões de pessoas.

Na época da divulgação, o analista do IBGE, Leonardo Athias, ponderou que alguns motivos para o aumento da pobreza eram o aumento do desemprego, a recessão econômica nos dois anos anteriores e os cortes de investimentos no Bolsa Família, programa de transferência de renda para a população mais pobre.

Referências:

1. GloboPlay
2. Senado
3. IBGE (1 e 2)
4. G1 (1 e 2)


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