🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Setembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Posto em Sinop não vende etanol a R$ 2,29; vídeo foi gravado em 2020

Por Marco Faustino

28 de setembro de 2021, 11h59

Um vídeo gravado em 2020 em um posto de Sinop (MT), que vendia na época o litro do etanol a R$ 2,29, tem circulado como se fosse atual em postagens nas redes sociais (veja aqui). Atualmente, o produto no estabelecimento custa R$ 4,29. Na gravação, um homem ainda relaciona o baixo custo a uma usina de etanol de milho próxima ao posto e atribui o projeto ao governo Bolsonaro. A obra, porém, foi iniciada em 2018.

O conteúdo enganoso acumula ao menos 18.000 compartilhamentos em publicações no Facebook nesta terça-feira (28).


ETANOL A R$ 2,29. ACREDITE SE QUISER.

Postagens nas redes sociais difundem como recente um vídeo que circula desde julho de 2020 na internet e que mostra um posto da Rodobras em Sinop (MT) vendendo etanol a R$ 2,29 — valor praticado na época. O estabelecimento informou na sexta-feira (25) que o litro de combustível custa atualmente R$ 4,29 — valor 87,5% maior.

Na filmagem, um homem não identificado por Aos Fatos associa o valor do insumo a uma usina de etanol de milho próxima ao posto, que afirma ser uma realização do governo Bolsonaro. Isso é desmentido pela Inpasa (Industria Paraguaya Alcoholes), a proprietária da usina, que afirma que as obras começaram em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB). O investimento na planta foi anunciado em novembro de 2017.

A Inpasa informou ao Aos Fatos ainda que a produção do etanol de milho começou em 2019, mas que vende o insumo para distribuidoras, não diretamente para o posto de combustíveis mostrado no vídeo.

O preço praticado pelo estabelecimento na época estava próximo do valor médio de R$ 2,54 por litro do combustível em Mato Grosso e dentro da margem praticada pelos demais estabelecimentos no estado (R$ 2,19 a 2,90), segundo levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Referências:

1. Facebook (Fontes 1 e 2)
2. Só Notícias
3. Governo de Mato Grosso


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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