🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Poço artesiano movido a energia solar no RN não foi inaugurado no governo Bolsonaro

Por Luiz Fernando Menezes

30 de novembro de 2021, 17h05

Não é recente nem mostra uma obra realizada pelo governo Bolsonaro (PL) um vídeo gravado na inauguração de um poço artesiano movido a energia solar em São João do Sabugi (RN), diferentemente do que alegam nas redes sociais (veja aqui). A instalação foi concluída pelo Exército em setembro de 2013, na gestão de Dilma Rousseff (PT).

O conteúdo enganoso acumulava centenas de compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (30) e também circulava no YouTube e no WhatsApp (Fale com Fátima).


Selo falso

Uma reportagem veiculada em 2013 no RN TV, da Globo, sobre a inauguração “do primeiro poço artesiano que funciona com energia solar”, no semiárido potiguar, vem sendo compartilhada nas redes sociais como se fosse uma obra do governo Bolsonaro. O projeto, realizado pelo Exército, foi entregue em setembro daquele ano, ainda durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).

Segundo o Exército Brasileiro, a obra, construída na cidade de São João do Sabugi (RN), foi uma medida de emergência para mitigar os efeitos da seca na região. A energia solar serve para movimentar a bomba hidráulica que leva a água do poço para uma cisterna. O 1º Grupamento de Engenharia, que conduziu a obra, era responsável na época pela construção de 200 poços no Nordeste, sendo 40 no Rio Grande do Norte.

A reportagem original do RN TV não está disponível atualmente no Globoplay, mas é possível encontrar imagens da inauguração veiculadas originalmente pela TV Seridó.

Uma outra versão desta peça desinformativa circulou nas redes sociais em 2019 para dizer que o governo Bolsonaro teria instalado “mais de 200 poços artesianos” no Nordeste.

Referências:

1. G1
2. Exército Brasileiro
3. Globoplay
4. TV Seridó
5. Aos Fatos


Aos Fatos integra o Third-Party Fact-Checking Partners, o programa
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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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