🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Março de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Pesquisa em que Bolsonaro aparece com 65% das intenções de voto é falsa

Por Marco Faustino

25 de março de 2022, 18h59

Não é verdade que o instituto Ibapesq apontou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria 65% das intenções de voto, como alegam nas redes (veja aqui). Não existem organizações com este nome nem levantamentos com resultado similar registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), condição obrigatória para realização de pesquisas em ano de eleição.

Publicações com a pesquisa falsa acumulavam ao menos 1.500 compartilhamentos nesta sexta-feira (25) no Facebook.


Selo falso

Postagem divulga falsa pesquisa em que Bolsonaro lidera

É falsa a pesquisa que mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 65% das intenções de voto nas eleições deste ano. O instituto ao qual as postagens checadas atribuem o resultado, Ibapesq, não tem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), condição obrigatória para realizar tais levantamentos em ano de eleição. Aos Fatos também não localizou informações que atestem a existência de organizações com esse nome.

Além disso, nenhuma das pesquisas eleitorais divulgadas neste ano trouxe resultados similares aos citados na peça desinformativa. Nesta sexta (25), o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) mostrou o ex-presidente Lula com 44% das intenções de voto, ante 26% de Bolsonaro. No dia 24, o Datafolha divulgou que o petista tem 43%, seguido pelo presidente, com 26%.

A imagem com a falsa pesquisa tem uma marca d’água atribuída ao cantor gospel Jopa Neves e foi publicada em um perfil atribuído a ele no Twitter. Contatado por Aos Fatos, ele disse não ter mais acesso à conta na rede social nem saber de qual pesquisa se tratava. O tweet, porém, foi apagado logo depois do contato.

Segundo a Lei Federal nº 9.504/1997, os institutos e as pesquisas realizadas em ano eleitoral devem ser registrados no TSE, bem como os dados de quem solicitou o levantamento, metodologia, origem dos recursos e período apurado. A divulgação de estudos fraudulentos ou sem o registro prévio pode levar a até um ano de detenção e multa.

Esta peça de desinformação também foi checada pela Lupa.

Referências:

1. TSE (Fontes 1, 2 e 3)
2. Poder 360
3. CNN Brasil
4. G1
5. Governo Federal


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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