🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Peça em que crianças simulam execução foi encenada no Cazaquistão, não na China

Por Débora Ely

30 de dezembro de 2021, 15h01

Postagens enganam ao apontar que foi gravado na China um vídeo que mostra uma peça teatral em que crianças encenam o fuzilamento de um prisioneiro (veja aqui). A performance foi registrada em uma escola no Cazaquistão e simulava uma das execuções ocorridas no país após protestos em 1986 contra uma decisão da União Soviética.

O vídeo com o falso contexto circula no WhatsApp (fale com Fátima) e no Facebook, onde acumulava ao menos dezenas de compartilhamentos nesta quinta-feira (30).


Selo falso

QUAL A OPINIÃO DE VOCÊS, REFERENTE A ESSES ENSINAMENTOS? China a Queridinha da esquerda, ensinando as crianças como devem trata aqueles que discordam das suas ideias 👺😡 E é assim que os Partidos de Esquerda querem ver o Brasil !😡

É falso que um vídeo que mostra crianças encenando a execução de um prisioneiro foi gravado na China. Por meio de busca reversa, Aos Fatos identificou que as imagens foram registradas durante uma atividade teatral em uma escola no Cazaquistão. De acordo com a imprensa russa, o episódio teria ocorrido há pelo menos três anos.

Na filmagem, quatro crianças vestidas de soldados simulam o julgamento e o fuzilamento de um preso. A cena faz alusão à reação soviética aos protestos em Almaty (então Alma-Ata) em 1986. Naquela época, manifestações eclodiram contra a decisão de Mikhail Gorbachev, então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, de nomear o russo Gennady Kolbin para governar o Cazaquistão. Estima-se que entre 200 e mil pessoas morreram durante o levante.

As cenas da peça teriam sido gravadas há “três ou quatro anos”, segundo informou ao site ВЕСТИ Rakhimbek Zholayev, chefe do departamento de Educação da região do Turquestão. Segundo a publicação, ele afirmou que a encenação era uma atividade extracurricular organizada por professores, que foram posteriormente orientados a não repeti-la.

Referências:

1. Eurasianet
2. Biblioteca do Congresso dos EUA
3. ВЕСТИ


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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