🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2019. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Mulheres acusadas de matar menino não foram soltas por Comitê de Direitos Humanos

Por Amanda Ribeiro

14 de junho de 2019, 14h06

Não é verdade que o Comitê de Direitos Humanos do Brasil tenha expedido uma ordem de libertação de Kacyla Santiago e Rosana Cândido, acusadas de matar Rhuan Maycon da Silva Castro, de nove anos. Além de não existir tal comitê, o casal segue preso na ala feminina do Complexo Penitenciário da Papuda, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

De acordo com publicação do site Inforprime (veja aqui) e publicações nas redes sociais, o comitê teria alegado que manter as mulheres encarceradas antes do julgamento seria ineficaz, já que as duas eram rés primárias e não representavam qualquer risco à sociedade.

Esta desinformação já acumula cerca de 4.000 compartilhamentos no Facebook. Todas as postagens foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de monitoramento da rede social (veja como funciona).

Confira abaixo, em detalhes, o que checamos.


FALSO

Comitê de Direitos Humanos manda soltar lésbicas que esquartejaram o menino Rhuan, de nove anos

Rosana Cândido e Kacyla Santiago, acusadas de nota, disse que as duas seguem presas desde a data do crime.

Também não existe um Comitê de Direitos Humanos do Brasil. Há, no caso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU, mas que não tem poder efetivo para expedir ordens de libertação de presos. Cabe apenas ao Poder Judiciário a decisão sobre o destino de pessoas que ingressam no sistema penitenciário.

Segundo a peça de desinformação que circula nas redes, a ordem de libertação das presas seria justificada pelo fato de serem rés primárias e não representarem nenhum risco à sociedade. O casal confessou que matou o filho de Rosana e foram indiciadas pela Polícia Civil por homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, lesão corporal gravíssima e fraude processual – por terem limpado a cena do crime. Rhuan foi morto, esquartejado e partes de seu corpo foram escondidas dentro de uma mala deixada em um bueiro de Samambaia.

Aos Fatos tentou entrar em contato com o Inforprime para que comentasse a publicação, mas não encontrou nenhum endereço de e-mail, telefone ou conta nas redes sociais.

Referências:

1. G1
2. Comitê de Direitos Humanos da ONU


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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