🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Abril de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Ministério da Saúde não orientou que parentes duvidem de atestados de óbito por Covid-19

Por Luiz Fernando Menezes

1 de abril de 2020, 16h33

É falso que o Ministério da Saúde tenha orientado que familiares de pessoas mortas recentemente duvidem de atestados que apontem a Covid-19 como causa do óbito e questionem o médico responsável se foi feito exame para detectar a doença. A recomendação, que circula na redes sociais como se fosse oficial, foi desmentida pela assessoria da pasta por meio de nota e não consta nas orientações do governo brasileiro sobre o manejo de corpos no contexto do novo coronavírus.

A peça de desinformação tem sido compartilha especialmente pelo WhatsApp, por onde foi enviada leitores do Aos Fatos como sugestão de checagem (inscreva-se aqui). Ela também circula em posts no Facebook que acumulavam cerca de 2.000 compartilhamentos até a tarde desta quarta-feira (1ø e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação disponibilizada pela rede social (saiba como funciona).


FALSO

ATENÇÃO. Aos parentes das vítimas de óbito recentes: não aceitem atestados de óbito em que o médico estiver atribuindo a causa morte ao COVID-19.

Publicações que circulam nas redes sociais simulam um comunicado oficial do Ministério da Saúde que recomenda que parentes de pessoas mortas recentemente não aceitem atestados em que a a Covid-19 for apontada como causa do óbito. Segundo a peça de desinformação, é preciso questionar o médico responsável pelo atestado se foi feito exame para detectar a doença. Por meio de nota, a pasta negou a autenticidade do comunicado e disse que “a referida publicação é FakeNews”.

O Ministério da Saúde afirmou, ainda, que todas as orientações referentes a óbitos constam no documento “Manejo de corpos no contexto do novo coronavírus”, publicado no dia 25 de março. Segundo o material, caso haja suspeita de que a morte foi decorrente de Covid-19, deve ser feito um exame com coleta post mortem pelo serviço de saúde. Somente após o resultado será estabelecida a causa da morte. Caso seja confirmado o diagnóstico de Covid-19, o sistema de vigilância epidemiológica local deve ser notificado.

A peça de desinformação tem circulado nas redes desde o final de semana, quando diversas publicações passaram a sugerir que haveria uma supernotificação de óbitos por Covid-19 no Brasil. Nessa seara, Aos Fatos já desmentiu que a morte de um borracheiro por acidente de trabalho teria sido usada pelo governo do estado para inflar estatísticas oficiais de letalidade do novo coronavírus e que a morte de um traficante pela polícia foi noticiada como se tivesse sido causada pelo novo coronavírus.

Referências:

1. Ministério da Saúde
2. Aos Fatos (Fontes 1 e 2)


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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